Capítulo 6

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Lorena

- Acha que da o que? - pergunto pra Samyr sobre o teste.

- Não sei. Se der positivo vamos ter que voltar né?

- Não sei.- suspiro.

Logo Mariano e Alanis se aproximam com um potinho na mão, foi onde ela fez o teste.

- Demora né? - Alanis pergunta colocando o pote no chão, no meio da nossa rodinha.

Eles se sentam na nossa frente.

- Demora. - Samyr diz suspirando. - Já pensaram em nomes? - ele pergunta e rimos.- Que foi?

- Não sabemos nem se ela ta mesmo. - Mariano diz segurando o riso.

- Ah eu penso. - todos me olham - Vão dizer que nunca pensaram em ter filhos e uma vida normal?

- Pior que já. - Samyr passa a mão no cabelo.

- Ei gente, olhem. - Alanis nos caham. Olhamos pro potinho, a cor do xixi ficou azulada e com bolhas.

- É, funciona. - Samyr diz.

- Eu vou ser pai! - Mariano diz e beija Alanis.

- Uhul!- dou um gritinho.

- Pera...- Alanis se separa dele. - Vamos ter que voltar pro Rio?

- Você que sabe.- Samyr diz sorrindo. - É o primeiro bebê.

- Não quero voltar agora. Devo estar com duas ou três semanas, queria voltar só quando a barriga crescesse mais.

- Tem que fazer pré natal e a barriga começa a crescer com uns 4 meses. - digo.

- Ela ta certa. Nem tinha lembrado. - Mariano fala. - Daqui a uns meses decidimos isso.

- É melhor agora.- Samyr fala.

Ele é muito organizado, gosta de ser avisado com antecedência.

- Então, quando eu fizer dois meses. - assentimos

- Ótimo.-olho pro céu e não vejo nenhum helicóptero-  Hoje o dia foi tranquilo.

- Ainda são 14 horas Lorena. - Samyr diz rindo.

- Espero que continue assim. - Mariano diz.

- O que aquela criança ta fazendo aqui? - Samyr aponta e olhamos.

Era um menino de uns seis anos. Me levanto e vou até ele.

- Olá, qual seu nome?- pergunto sorrindo.

- Mohammed.- quase todos tem esse nome. - Pode avisar pros seus amigos que sou um homem bomba?- olho co. medo e surpresa pra ele.- Ta duvidando? - ele abre sua jaqueta e vejo muitas bombas ao redor do tórax.

Olho pra trás vendo todos correrem, Samyr me olha e corre até mim.

- Podem correr, vou dar um tempo.- o menino diz sorrindo.

Eu e Samyr corremos e corremos, minhas pernas já estavam cansando.

Ouço o barulho e o fogo da explosão na tenda. Que horrível, era uma criança!

- Será que tinha alguém lá? - Mariano pergunta.

- Tinha. - suspiro triste e Samyr me abraça.

Rodeio os meus braços no pescoço de Samyr e ele rodeia os dele na minha cintura a apertando.

- Isso é horrível. - ele diz no meu ombro.

- É sim.

Alanis chorava que soluçava, os hormônios da gravidez agindo.

- Calma amor. - Mariano tenta acalma-la mais em vão.

- Alanis.- Samyr a chama ainda me abraçando e ela olha- Seu filho, se acalme pelo meu afilhado. - ele pede.

Ela começa a se tranquilizar e normalizar a respiração.

- Deve ter feridos. - me solto de Samyr.

- Será que ele explodiu a tenda cirúrgica? - Mariano pergunta.

- Não é impossível.- Alanis responde.

Andamos de volta até o acampamento.

- Foi a tenda 2, ao menos foi de dormir. - suspiro aliviada.

- Era aonde nós dormiamos.- Samyr diz.

- Aí. - olhamos pro lado vendo Raul, outro cirurgião. - Durmam na nossa tenda, vai ser bem apertado porque não são só vocês da tenda 2 que vão dormir na tenda 1. Ao menos até fazerem outra. - Ele diz amarrando um pano na testa.

- Agradecemos. - Alanis sorri.

Só uma coisa que eu tenho a dizer: tinha gente dormindo na tenda 1, tinha gente perto. Ou seja, vários mortos e vários feridos.

- Lorena o que é isso no teu braço?- olho pro meu braço depois da pergunta de Alanis.

Um estilhaço da bomba tava perfurando meu braço, começo a sentir a dor imediatamente.

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Boa noite lindas, aqui mais um capítulo, espero que gostem.

Até o próximo ❤

Sub dono do Complexo Where stories live. Discover now