Lorena
Samyr nunca se imaginou fazendo um teste de paternidade. Ele me falou que quando tivesse outro filho ele queria ter tanta certeza que era dele que mesmo que o bebê não se parecesse com ele, ele amaria.
Ele ta em uma situação difícil, sei só pelo olhar dele. Ele olhava pra Sofia com carinho e medo. Ele não vai ser aqueles caras ridículos que não assumem seus filhos, que assumem só os filhos da mulher que ama. Uma coisa é ridícula, essa aí.
Sofia era morena, olhos verdes. Então acho que tem mais chance de ser do Mariano do que do Samyr, já que Jo, a mãe da menina, é loira, e Samyr também é loiro. Mas a menina pode ter puxado o gene do pai de Samyr ou do irmão de Samyr, o Gael.
- Vai dar tudo certo.- sussurro no seu ouvido e beijo seu ombro.
- Mariano vai assumir se for dele, disso eu tenho certeza. Ele não vai querer que a bebê passe o mesmo que ele.
- Verdade. - digo.
O médico de Bash, por incrível que pareça, se aproxima de uma ala que não é dele.
- Senhores, Bash melhorou por completo. - me levanto sorrindo.
- Ele vai poder ir pra casa?- sorrio.
- Fiquem aí, agora que sei onde seis tão é mais fácil. Ele ta fazendo exames.
Por impulso abraço o médico e ele retribui. Quando nos afastamos, vou até Samyr e o beijo como não o beijo há tempos.
- Vou indo.- o médico sai sorridente.
- Parabéns. - Jo diz nitidamente forçando um sorriso.
- Fé, só fé.- Samyr diz.
A enfermeira se aproxima.
- Já colhemos as amostras, o resultado saí somente amanhã.- ela avisa e saí.
- Vamo pra casa Jo. - Jairo pede tentando pegar Sofia mas Jo se desvia.
- Mesmo que não saibamos quem é o pai da Sofia, ela vai pra casa deles passar esse dia e consequentemente eu também.
- A Sofia tudo bem, apesar de que ela pode não ser filha de nenhum. Agora tu não. - Alanis diz.
- Concordo, oras, tamo aqui pela menina não por te. - digo.
- Deixa, é só um dia. - Samyr fala olhando pra a bebê.
Bufo.
- Vou ir pegar meu filho. - aviso.
- Vou contigo. - Samyr diz.
- Fica com a Jo.
- To fazendo isso pela menina que pode nem ser minha. Vou contigo.
Saio daquela ala e fomos pra de Bash.
- Tava só esperando minha mamãe. - a enfermeira diz com Bash no colo.
- PA MÃ!- Bash grita ao nos ver.
Ele tava tão feliz, já fazia tempo que não o via desse jeito.
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Sub dono do Complexo
Teenage Fiktion"Somos condenados a liberdade" - Sartre A todo tempo fazemos escolhas, sejam boas ou ruins, e temos consequências boas ou ruins, temos que saber lidar com elas. Esse livro conta a história de 4 pessoas nascidas no Complexo Alemão, todas perceberam...