Prisioner of The Tower- 3<

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O que tinha de lindo, tinha de pesado. Depois do meu choque, de encontrar o menino mais lindo que já vi na minha vida, invadindo a minha casa pela varanda do último andar de prédio de 12 andares, depois disso tudo comecei a arrastar o corpo pela sala.

"Que não esteja morto, que não esteja morto!"

Conferi o pulso e minha respiração se soltou quando percebi que estava vivo. Peguei uma cadeira e usei todas as minhas forças para senta-lo. Foi um pouco difícil, mas quando amarrei seus pés e seus pulsos ficou mais fácil.

Quando me afastei, notei como estou tremendo. Minha respiração está pesada e não só pelo esforço e susto, é de medo. O que esse menino estava fazendo? Sua cabeça está caída pra frente, então me aproximei e levantei devagar. Seu cabelo está cobrindo seu rosto, então o puxei para cima. Meu coração está batendo mais rápido e sei que é por causa da beleza dessa pessoa.

Gritei quando seus olhos abriram, peguei e bati de novo nele com a frigideira. Agora eu matei ele.

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Seus olhos estão abrindo lentamente, então peguei a frigideira e apontei para o ser lindo. Meu cabelo está cobrindo parte do meu rosto, e seus olhos vagam pelo espaço ainda um pouco fechados, mas eles se abrem quando me encara.

-Por que estava invadindo a minha casa? —Perguntei pressionando meus lábios, formando a melhor cara de malvada que eu tenho. O tempo que ele ficou desacordado, fiquei pensando em um roteiro para o meu interrogatório.

-Ah... Aí! Você me bateu?

-Claro! Você estava invadindo a minha casa, e sou eu que faço as perguntas por aqui! —Fiquei orgulhosa com a minha resposta, já que o ser lindo não parecia querer seguir o roteiro do interrogatório.

-Quem é você e porque estava invadindo a minha casa? — Perguntei com confiança enquanto seus olhos vagaram pela a sala de novo mas ele parou olhando para o drone jogado no chão.

-Aquilo é meu! Por isso que invadi! Eu moro no primeiro andar, fui até o terraço e usei as escadas de emergência, como você me ensinou.

-Então isso é seu? Tem coisas ilegais aí dentro...

-Então, você foi você que invadiu o meu sistema? Mas como? — Ele parecia bem surpreso. Pensei sobre o arquivo da Kim SunHee. Ele podia me dar respostas.

-Tem um arquivo...Kim SunHee...— Seus olhos se arregalaram mais uma vez, e eu abaixei a minha arma. — Me fale sobre.

-Por que eu te diria? —Ele disse e eu levantei a frigideira mais uma vez, ameaçando ele. — Olha, já que você já viu os meus arquivos eu não tenho mais nenhuma opção. Digamos que eu sou um hacker, que só faz isso para conseguir informações. Eu só tento solucionar casos não resolvidos da polícia. Depois que tenho informações, eu mando para a polícia e eles fazem o resto. Agora, estão vindo atrás de mim por causa disso. Eu limpei todo o meu sistema e coloquei no drone. Eu ia mandar ele para o terraço, mas acabou batendo na sua varanda. Então, eu sou um hacker fugitivo.

-Ok. Mas você não me falou nada sobre Kim SunHee.

Vou admitir que estou morrendo de medo.

-Ela é uma garota desaparecida! Um caso não resolvido! Que tal me soltar e devolver o que você pegou de mim?

-Pelo que parece é mais que só uma garota! E não vou te soltar nem tão cedo! — Ele murmurou alguma coisa e baixou a cabeça.

-Olha, a polícia está me procurando. Então, se me manter aqui eles vão me achar. —Ele disse me encarando. Parei um pouco para pensar. Aquela pessoa podia ter as respostas para as minhas perguntas. E ele me podia tirar daquele lugar.

-Sabe o show de fogos que vai acontecer nesse final de semana, na ponte do Rio Han, em Seul? —Seu rosto expressa confusão. Tenho um ótimo plano. — Você vai me levar até lá, e depois disso eu te dou os arquivos que eu salvei. Eu apaguei o que tinha no drone.

-Você o que... Você é a algum tipo de maluca?

-Quer ou não? Saiba que eu posso ligar para polícia e dizer que você invadiu a minha casa e tem informações ilegais.

-Aish.

-Sim ou não?

-Eu já estava indo pra Seul mesmo...

-Ótimo! Não acredito que deu certo!

Ele me encarava como se eu fosse uma doida, mas eu corri para o meu quarto, peguei uma mochila e coloquei  o meu tablet, uma muda de roupas, caneta e papel, e a ração do Pascal. O pen drive com as informações no meu sutiã.

Peguei o meu lindo camaleão e o deixei no ombro.

-Vai mesmo sair assim, com um estranho para outra cidade? Sozinha? — Ele me perguntou quando cheguei na sala de novo. Óbvio que eu estou morrendo de medo, mas a minhas perguntas estão me matando.

-Você não vai fazer nada comigo porque eu tenho algo que você quer. Eu não vou estar sozinha, Pascal vai com a gente. — Seus olhos se arregalaram quando coloquei o camaleão bem perto do seu rosto. Gargalhei com a sua tentativa de fugir do Pascal.

-Qual é o seu nome? — Perguntei procurando alguma coisa para tentar desamarra-lo. — O meu é Lee YuNa.

-Pode me chamar de Kim Waejoo. —Não combina nada com ele esse nome. Quando achei uma tesoura, me agachei perto de Waejoo e encarei aqueles olhos. Ele não é perigoso e não quer me machucar, certo? Cortei o pano, deixando suas pernas livres e depois seus pulsos. Me afastei e peguei de novo a frigideira.

-Se sente segura com essa arma? — Ele deu um sorrisinho e chegou mais perto de mim. Dei alguns passos para trás. Mas fiquei encurralada com a bancada que dividia a sala da cozinha. Ele está muito perto de mim. Peguei a frigideira e batei forte no seu braço, pisando com todas as minhas forças no seu pé.

Ele se afastou, gritando de dor. Me parece uma ótima arma.

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-Entre. —Ele disse quando chegamos no estacionamento. Foi um pouco difícil enrolar ele, sem poder contar porque eu estava trancada dentro de casa. Acabamos saindo pela escada de emergência, e ele não parecia que iria questionar muito. Seu carro era grande e parecia caro. Deve ter ganhado dinheiro com coisas ilegais.

-Sabe que vai levar uns dias até chegarmos em Seul, certo? Seria mais rápido de avião ou metrô, mas eu ainda sou um fugitivo — Confirmei com a cabeça, abraçando minha mochila. Vesti uma calça jeans e um moletom roxo, já que o preto está na mochila. Toda vez que Waejoo fala que é um fugitivo, eu tenho vontade de rir porque parece que ele está tentando me dar medo. Mas isso o deixa muito fofo.

-Vamos logo, tenho que assistir o show de fogos.




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[MY   N  O  T  E  S]
Tenho coisas pra esclarecer.
Já disse que essa fic é a mais parecida com o conto do que todas as outras,
ou seja, o Jungkook mentiu sobre o nome dele como o personagem do conto.
O lugar onde ela mora, onde fica a torre é em algum lugar bastante longe de Seul, pode ser alguma cidade pequena. Eu não sei. Algum lugar que demore pra chegar. Acho que isso não tem muita relevância.
Como essa fic tem muita informação e muitos detalhes, já que é uma vida "dupla" já peço perdão se eu cometer algum erro. Se quiserem interpretar isso como um spoiler, fiquem a vontade.

Beijos da My ❤️
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𝑷𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒆𝒔 𝒊𝒏 𝒓𝒆𝒂𝒍 𝒍𝒊𝒇𝒆  -𝚂𝚑𝚘𝚛𝚝𝚜𝚏𝚒𝚌𝚜- BTSWhere stories live. Discover now