18• Manipulation.

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Psicopatas não são só aqueles que matam! Esses também te manipulam e estão em todos os lugares. Eles podem ser seus maridos, namorados, amigos...Você sempre vai pensar que a culpa é sua, quando na verdade são eles controlando a sua mente!


Murmuro diversos palavrões ao verificar no celular que ainda era muito cedo.

Geoffrey só pode estar de brincadeira comigo!

Emma!– sua voz novamente soa do outro lado da porta seguido por batidas impacientes.

Meu estado sonolento vai embora gradativamente, dando lugar a irritação e o mau humor matinal.

— Qual é?– grito, tirando os cobertores brutalmente de cima de mim — O quê você quer à essa hora, caramba?

O choque térmico do chão gelado com o meu pé totalmente quente estremece o meu corpo. Com passos largos e pisando firme vou em direção a porta a abrindo sem nenhuma delicadeza.

Cruzo os meus braços esperando respostas de um Geoff aparentemente estressado.

Assim como eu.

— Não vai fazer o café, não?! – indaga totalmente rude.

— Fazer o café? – pergunto incrédula – Você viu que horas são, tio?

Geoffrey checa seu relógio de pulso antes de me responder:

— Cinco horas e cinco minutos. – enfatiza como se fossem minutos perdidos. — Cinco minutos para fazer você  levantar, Emma. – Geoff bufa —Na fazenda, quando eu acordo o café já está na mesa. Elizabeth levanta cedo e já deixa tudo preparado. E, como você é a mulher da casa, temporariamente, tem que saber que eu acordo as cinco horas e que eu tenho horário certo para tomar o café.

Eu estou incrédula!

Essa palavra me define no momento. Eu estou absolutamente pasma com esse argumento vindo de meu tio.

Não estou generalizando, mas já era de se esperar um comportamento desses vindo de um cara da roça, bruto e rústico como Geoffrey.

— MACHISTA! – gritei a palavra que definiu o meu tio.

Antes de qualquer reação de Geofrey, seguro a maçaneta da porta e a fecho com força, a trancando em seguida.

— Eu não vou fazer o seu café! Se você quiser comer, faça você mesmo! — esbravejei. Com os mesmos passos que eu cheguei até porta, eu fui até a minha cama me jogando na mesma, me tremendo de raiva.

Vou ligar pra sua mãe! — gritou do outro lado da porta.

Com o sono perdido, me resta ficar olhando para o teto até dar o horário de me arrumar para escola.

Pego meu celular para passar o tempo mais rápido. Ao desbloquea-lô vejo que deixei aberta na mensagem do número desconhecido, eu esqueci de respondê-lo pela felicidade momentânea da volta da energia.

Mas relendo a mensagem novamente, achei estranho alguém me perguntar se eu estava pronta. Pronta para o quê?

Oi, quem é? – respondo.

Como está muito cedo, de fato, quem quer que seja estaria dormindo, nem fico na curiosidade de esperar a resposta.

Entro em um jogo de baralho no celular, é o único jogo que eu tenho no momento, só não baixo outros jogos porque a memória está cheia.

Merda de celular.

Apenas dois minutos jogando, e meu jogo é interrompido pela notificação de uma mensagem. Me surpreendendo por receber uma resposta em menos de 5 minutos e não em 5 horas como eu esperava.

Shawn The KillerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora