Open Bar

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Era no domingo à noite que a cidade de São Paulo mostra sua faceta mais incrível. As luzes das ruas, os faróis dos carros, neste dia harmonizavam com o clima de tranquilidade das pessoas. Estas, logicamente aproveitaram o merecido momento de descanso da melhor maneira possível. Relaxando, e claro, se divertindo.

E curtir um bar com amigos certamente era um dos melhores programas para esse momento, talvez até o melhor programa. Como Thiago havia dito, ele e Mikael haviam combinado no dia em questão de sair para um desses bares perto de onde eles moravam para se reunir com alguns amigos de ambos. Em um ano, o tatuado rapidamente conseguiu fazer novos amigos. Poder manter sua vida boêmia é o que mais fez ele gostar da nova cidade.

O bar em que eles estavam era bem frequentado. As luzes amarelas, as mesas e cadeiras de madeira, deixavam o ambiente bem aconchegante. Como em todo fim de semana, o lugar estava bem cheio. Tanto na parte de dentro quanto na parte de fora, na calçada. Era bem difícil encontrar uma mesa livre, para não dizer impossível. Tinha música ao vivo, um cantor fazia covers diversos. E as conversas e risadas eram gerais.

Em uma mesa, próxima à uma janela, estava a dupla de amigos. Que estava acompanhada de mais dois amigos, que na verdade era um casal de noivos. Suzane e Kadu eram jovens, da mesma idade dos dois e haviam acabado de marcar a data do casamento deles.

Ela era bem magra e tinha longos cabelos ruivos, sua pele não era tão pálida mas tinha algumas sardas no rosto. Estava de pernas cruzadas vestindo uma blusa branca com babados e uma saia marrom que ia até os joelhos. Ele tinha os cabelos morenos claros bem curtos, vestindo um suéter preto simples e calça jeans azul. Os dois contavam para os amigos sobre os andamentos do matrimônio, e também da correria para arrumar tudo. Com muito bom humor.

— E o mais engraçado é que quem está mais nervoso com tudo é ele. — Disse Suzane rindo.

— Eu não tô nervoso. — Respondeu Kadu — Só fiquei preocupado com tanta pressa.

— Já te falei que não é pressa. Tenho culpa de querer um casamento simples e prático? Eu quero algo só no civil, na frente do juiz e alguns poucos parentes e amigos.

— Eu também quero algo bem simples. Mas ainda acho que você tá exagerando um pouco.

— É, eu sei o que você tá querendo. — Brincou — Kadu tá doido pra me ver de véu e grinalda desfilando com a marcha tocando e o buquê na mão. — Riu — Vai sonhando.

Todos riram na mesa.

— Claro que não, amor. Casaria com você até de pijama, acha que eu ligo pra essas coisas? — Disse e depois de um um selinho nela.

— Na moral, tá bonitinho os pombinhos e tal. — Disse Thiago — Mas eu tenho que falar que você deu benzaço nisso, viu Su? Tá certíssima em querer uma coisa prática.

— Obrigado, amore. — Sorriu fraco,

— E depois, vamos combinar mas com respeito. Casamento em si é uma coisa cafona. Mas não reclamo, até porque parte do meu sustento vem dessas festanças.

— Eu sou suspeito pra falar. — Disse Mika — Os três casamentos que eu fui na vida eram todos chatos e longos. Só me interessou a comida. — Riu fraco.

— Fora que quanto maior a festa, mais brega é. — Completou o tatuado — É cara andando com filmadora esbarrando em todo mundo, aquele monte de flor. E aquela porra de cortar gravata, pra que aquilo? Se eles tem dinheiro pra pagar toda a festa, por que precisam pedir pros convidados bancarem a lua de mel?

— Eu concordo. — Respondeu Suzane — Acho brega mesmo. E o Buffet? Aquelas balas de coco...

— Eu gosto de bala de coco. — Comentou Kadu.

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