Capítulo 11

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Oiii to um pouco sumida mas o cap vai valer a pena!!!

Minhas esperanças são que este capítulo mude a visão de vocês con relação à Alyah



O tempo passou rápido na companhia de William que, no final do dia, eu já chamava de Will. Uma amizade esquisita nasceu no meio daquele caos que é a minha vida.

Ele é engraçado, implicante, gosta de brincar e chamar atenção de todas as formas. Se eu pudesse ficar mais, eu ficaria. Pois William conseguiu de alguma maneira impossível me fazer esquecer de todas as responsabilidades que me cercavam.

Me despedi prometendo voltar logo.

No caminho pra o palácio, uma velha questão ronda minha mente: quem é o meu pai biológico? Por que ninguém quer falar sobre ele? Ele está vivo? Se sim, onde?

Os guardas abrem os portões para que eu passe. É como se todos tivessem uma admiração doentia por mim, a princesa de Évbad, primeira e única. Soa até bem, mas não aos meus ouvidos.

Subo até o andar dos quartos reais e entro no meu. Lüren, Tiffan e Elena estão sentadas na cama bordando juntas um vestido.

- Boa tarde. - cumprimento.

As três acenam.

- Tenho o dia livre querem fazer alguma coisa? - pergunto já que sei que se negarem passarei uma tarde tediosa sem elas.

As três soltam uma risada baixinha e divertida.

- Qual a graça? - ergo uma sobrancelha.

Elas se entreolham, travessas.

- Você vai começar a estudar ballet, dança imperial, artes cênicas, história da arte, pintura, moda, e ah, línguas mortas! - Lüren solta e em seguida tapa a boca por ter dito a notícia. - Agora você é realmente uma princesa!

As encaro sem nenhum traço da mesma felicidade das três. Nenhuma das coisas que elas disseram combina comigo. Não consigo me ver estudando isso! Línguas mortas até me interessa, digamos o francês, o inglês, entre outros eu não veria nada de mal e história da arte talvez, mas dança? O que é que eu faria com esses pés de pato?

E por que cursar qualquer uma dessas coisas me faria ser "realmente princesa"?

- De quem quer que tenha sido a idéia, diga que eu não vou fazer parte disso. - digo sóbria. A felicidade das criadas murcha, mas eu não me sinto mal. Talvez isso seja um defeito meu, mas eu jamais faria algo que não gosto para agradar alguém.

Saio do quarto batendo a porta com força. Assim que ela se fecha me pergunto por que estou tão chateada. Eu não quis me tornar da noite para o dia a 'Princesa de Évbad, Rayrah Scarllet, a primeira de seu nome e única na linha de sucessão ao trono, Guardiã de Alyah e blá, blá, blá'; toda essa baboseira que Alyah quer me enfiar goela à baixo. Mas dizer que preciso de tudo aquilo para me tornar princesa de verdade de magoa. Não me sinto como uma, mas ainda assim tento. Faço o que posso e o que minha personalidade explosiva permite. E isso parece não ser o suficiente.

Enquanto desço as escadas esbarro na última pessoa que gostaria de ver. Alyah.

- Eu estava procurando por você. - minto ao me lembrar da minha última conversa com Harrigton e meus pensamentos sobre meu pai biológico.

- E o que quer?

- Podemos ir para algum lugar mais reservado? - noto os olhares atentos dos criados e guardas.

Ela ergue uma sobrancelha e assente, me guiando pelo corredor principal. Entramos numa sala cheia de instrumentos musicais; violinos, harpas, flautas, clarinetes, violões e etc. Uma porção de músicos ensaiava numa parte do salão, o som é tão misturado e alto que me perguntei como não ouvíamos do lado de fora e logo concluí que a sala é à prova de som. Alyh dispensou os músicos que sairam sem questionar e me encarou com seriedade.

Rayrah Scarlett: O Coração Pulsante de Evbád [RETIRADA EM 25/10/22]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora