"Nem todo amor me ama..." (Padre Fábio de Melo)

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Ele me ama de um jeito que me invade, me violenta, me enoja, me maltrata, me machuca.

Me adula e me agrada de um jeito que me dá ânsia e vontade de vomitar, manter distância, me proteger, perdê-lo de vista, ter algum espaço pra respirar, me movimentar sem ser vigiada, com cada passo calculado, observado, mesmo que seja em nome do "amor".

"Amor", escrito assim, entre aspas, pra chamar a atenção pro seu sentido equivocado, no esvaziamento atual das palavras.

Profa Lúcia Helena Galvão, de Nova Acrópole, sempre nos alerta sobre isso.

....

...E vou tentando existir, nesse espaço onde parece não me caber.

Vou tentando fazer meu caminho em meio a esse congestionamento de egos.

Alguns, bem mais inflados do que outros.

Chegam a valer por 10, 1.000, por quantos outros houver no ambiente.

...Dessas pessoas que vivem a própria vida e a dos outros.

Controlam tudo.

Vigiam o tempo todo.

Calculam e cobram, julgam e punem.

E dizem que amam.

E juram que amam.

E "amam".

Do jeito delas, "amam".

...Deus nos abençoe em nossa busca do verdadeiro Amor.

E em nosso esforço em aceitar, com compaixão, todas as formas de "amar" que ainda vigoram.

Mas com o olhar atento à necessidade de respeito e de busca de um caminho harmonioso para fazer esse respeito vigorar.

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