Como nossos pais???

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Humanas demais para serem heróis.

E assim seguimos vida afora, com esses pais introjetados imersos nessa relação de amor e ódio.

Revoltados por não termos os pais que precisávamos.

Órfãos, porque não queremos os pais que temos, do jeito que são.

Ou os queremos, mas não do jeito que são.

Queremos que sejam como precisamos que sejam, mas eles não conseguem.

E não podemos fabricar nas pessoas a postura que precisamos delas.

Nunca conseguimos e nunca vamos conseguir isso.

E nem devemos desejá-lo.

É furada, é o jogo da dor.

De viver a eterna insatisfação, o eterno vazio e carência, a eterna revolta que usamos pra justificar todos os nossos desvios de comportamento.

Todas essas reflexões já foram muito exploradas até hoje.

Muitos de nós já têm esse esclarecimento, essa racionalização do drama familiar.

Mas cada um tem seu tempo emocional de viver e praticar o que a mente já enxerga e entende.

... Viver apontando o erro do outro é fácil, cômodo.

Até quando?

Nossos pais fizeram o seu melhor, o que sabiam e o que aprenderam.

Muitos ainda se superaram. A paternidade e maternidade geram um altruísmo naturais.

Não foi o bastante? Ficaram lacunas?

Um vazio interior, machucados emocionais, feridas, dor, traumas, lembranças de experiências ruins, terriveis, insuportáveis talvez?

Sofremos muito na infância, enquanto éramos frágeis e dependentes?

E quando olhamos no espelho, o que vemos? Somos melhores do que eles?

Ou ironicamente, como alerta Marta, seguidora dos ensinamentos de Bert Helinger, nos tornamos uma cópia, mal feita inclusive, do que tanto criticamos e repelimos?

Não?!??

Olhamos direito?!??

Lá no fundo, nos porões escuros e escondidos do nosso ser, onde guardamos o inconfessável, o que nos envergonha, o miserável que somos atrás das máscaras e da maquiagem...

...Quem está lá?

Já é hora de acabar com isso.

A vida é curta, o tempo voa - todos esses clichês são verdadeiros.

Não dá mais pra desperdiçar a oportunidade de aproveitarmos a relação com quem nos deu vantagem existencial e o melhor de si, caso ainda tenhamos essa oportunidade.

Se já enxergamos e queremos cuidar da criança ferida em nós, me parece necessário que acolhamos a criança ferida de cada um de nossos pais em nosso coração também.

Louise Hay, autora do best seller "Você pode curar a sua vida", nos presenteou com uma linda orientação para visualizar e experimentar esse acolhimento curativo das crianças feridas de nossa família - a nossa e as de nossos pais, em nosso coração. O vídeo da meditação guiada por ela, para curar a si mesmo, está no YouTube.

Há muitas ferramentas para quem busca essa cura interior, essa reintegração:

- Processo Hoffman da Quadrinidade;

- Constelações Familiares (Bert Helinger);

- Esclarecimento através de um sem número de Livros:

"Você pode curar a sua vida"- Louise L. Hay;

"Onde estão as moedas?"- Joan Garriga Bacardi

"Amar o que é, amar o que somos, amar os que são" - Joan Garriga Bacardi

(Vou tentar providenciar depois um capítulo com dicas de livros/ autores...)

- Trabalhos espirituais de cura interior de diversas religiões;

- Palestras no Youtube:

Rossandro Klinjey;

Mario Sergio Cortela;

Escola Internacional de Filosofia Nova Acrópole, especialmente de nossa amada Professora Lúcia Helena Galvão, que não conheço pessoalmente, mas sinto seu amor de longe, tão forte que é;

Vários outros palestrantes;

-Psicoterapia, Biodança e terapias em geral..

...

...

... Aí você me pergunta: "Resolve? Soluciona tudo? Dá pra ficar de boa agora?"

... E eu te respondo usando a metáfora de meu amigo Juan, que lembrou da cebola numa conversa nossa, da qual vamos tirando as camadas, os gominhos, um a um e nos aproximando do centro, da essência, do mais genuíno.

... Compreensão, empatia, perdão são eternos processos que vão se aprofundando com o tempo.

E continuam sendo capazes de provocar dor e fazer chorar, como quando descascamos as cebolas.

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⏰ Last updated: Jul 01, 2018 ⏰

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