dean | cigarettes n' rain [ 2 ]

Start from the beginning
                                    

[...]

SETE MESES DEPOIS
— (S/n)! Você está bem? – Dean pergunta, indo até o sofá onde eu estava sentada. – Você parece meio nervosa, sei lá. – Ele senta do meu lado, colocando a mochila com as armas no sofá também.
— Eu sei, é porque... Você me prometeu que não iria caçar mais, até que o nosso filho nascesse. – Sim, era um menino, um mini-Dean estaria correndo pela casa em questão de anos. – Você me disse que passaria tudo para os outros caçadores e...
— Eu sei, baby, eu sei... – Ele desvia o olhar. – É porque dessa vez não dá, mas ela vai ser a única. Eu prometo.
— Não faça promessas das quais não pode cumprir. – O olho. – Só... Volte vivo para casa, tudo bem? Eu não quero ser mãe solteira.
— Eu nunca vou deixar isso acontecer, tá doida? – Ele me beija, e uma buzina é apertada, provavelmente Sam, chamando seu irmão. – É um caso simples, espírito vingativo. Sam até já pesquisou os maiores suspeitos, é só salgar e queimar. É uma pena que todos os outros caçadores já estejam com um trabalho, querendo ou não (S/n), isso está sendo contra a minha vontade. – Ele me olha, e se lembra de despedir do seu filho. – Ei garotão, o papai vai salvar algumas pessoas e já volta, tá' bom? Nem todos os super heróis tiram férias. – Ele ri e beija a minha barriga. Passo minha mão pelos seus cabelos loiros, esperando que nosso filho tenha os fios da mesma cor aloirada.
— Anda, vai lá. – Dou um pequeno "Tchau" para ele, que some da minha vista logo após sair da porta. Escuto o barulho do Impala 67 sair de perto, e finalmente me sinto sozinha. Ou não, eu não estou sozinha, meu filho está comigo. Tinha esquecido desse pequeno detalhe :)
Me levanto do sofá e pego o meu livro que estava em cima da mesa do Bunker, pois precisava de terminá-lo logo. Escuto um barulho baixo, vindo da trinca da porta, a mesma que Dean usou para sair. Largo o livro em cima da mesa e vou até a cozinha, pegando uma faca por precaução. Coloco-a escondida dentro do bolso da minha calça de moletom, e volto até a mesa para pegar meu livro novamente.
Sento no sofá, abro meu livro e começo a ler. Até colocaria uma música, mas eu precisava do Bunker silencioso, porque querendo ou não, o barulho da tranca não foi inaudível, então se tivesse alguém aqui dentro comigo, eu teria que ser a primeira a descobrir.
Escuto um barulho no quarto do Dean, de gavetas se abrindo. Jogo o livro no sofá e me levanto, silenciosamente. É inacreditável, eu e os meninos fizemos de tudo para que nenhum demônio, anjo, retirando o Castiel, não soubesse da minha gravidez, para que eu não sofresse nenhum risco, mas sempre tem alguém ouvindo, e sempre tem alguém querendo nos matar.
Subo as escadas com a minha faca de prata já em minhas mãos, mas escondida atrás de mim. Caminho lentamente até o quarto do Dean e vejo que a porta estava entre aberta – Ele sempre a mantém fechada quando sai em caçadas. Chego perto da porta e vejo uma figura alta perto das gavetas onde Dean guarda as armas. O homem, aparentemente loiro se vira, revelando sua imagem. Steve. Ele segurava uma arma, a favorita de Dean.

— Olá, (S/n). Quanto tempo, não? – Ele estica o braço direito que segurava a arma em minha direção. Por um momento eu cheguei a pensar que seria Dean, devido aos fios aloirados, mas me lembrei de que Steve tinha os da mesma cor. – Porque você não senta aqui na cama, pra gente conversar? – Ele balança a arma, mandando eu sentar na cama junto com ele. Engulo seco, eu não teria nenhuma chance contra ele. Ele tinha uma arma, eu, uma pequena faca de prata. Ando devagar e sento na ponta da cama, o mais distante possível dele. Tento manter a calma, mas algumas lágrimas começam a se formar em meus olhos.
— Como você me achou? – Falo baixo. Ele passa a ponta da arma pelo meu braço esquerdo.
— Você não deveria ter trocado a sua localização nas suas redes sociais, vadia. – Ele continua olhando para a ponta da arma passando pelo meu braço. Seu olhar era doentio, ele deveria estar doente, mas porquê? Por minha causa? Como ele poderia estar assim sendo que me traiu com a minha melhor amiga?
— Não me chame de va... – Ele me corta.
— Cala a boca! – Ele grita, colocando a arma agora na minha têmpora. – É isso que você é, uma vadia, que foge da própria vidinha de merda. – Ele olha a minha barriga, e eu deixo as lágrimas caírem pelo meu rosto. Eu não posso morrer, não agora, justo quando eu serei mãe. – Oh, você está grávida? – Ele passa a mão na minha barriga, e me puxa para deitar na cama, fazendo com que ele fique em cima de mim. – Quem é o pai? Você ao menos sabe quem é ele? – Ele ri, debochando de mim.
— Eu não sou mais assim. – Falo, seca. Ele aponta a arma agora para o meu rosto, e fica sobre mim, o peso de seu corpo sobre o meu e minha barriga.
— Ah, você é sim. As pessoas não mudam, (S/n), eu sei que você ainda é aquela garota solitária e que precisa de um consolo, que bebe e vai pra cama com qualquer um, e nem lembra o nome deles pela manhã. – Ele começa a abrir a calça, e eu começo a implorar para que isso não acontece.
— Não, por favor, eu não quero e você tem que me res... – Ele coloca a mão na minha boca, me impedindo de falar.
— Ah não, você quer sim, eu sei disso. Tanto tempo sem me ver, e nem um sexo de reconciliação? Eu não ligo se você quer ou não, (S/n), a questão é que eu quero, e eu vou ter. – Se eu não tomasse uma atitude, eu seria estuprada e ficaria com um trauma imenso. Então, era melhor eu reagir do que deixar isso acontecer. Bato de surpresa na mão aonde a arma estava e com a outra, dou um soco no nariz de Steve. Ele cai no chão e a arma voa para o canto, e eu corro para pega-lá. Ele se levanta e eu já tenho a arma em minhas mãos, a única diferença era que eu estava tremendo de medo da situação.
— Esperta, hein? – Ele tampa o nariz que sangrava. – Mas eu tenho outra aqui, (S/n). – Ele tira outra arma do bolso de trás da calça. Porra.
— Porque você não me esquece de uma vez, em? – Eu grito. – Você estava feliz, eu estou feliz, e nenhum de nós dois temos alguma coisa haver!
— Você é minha (S/n)! – Ele chora. – Só minha, e pelo o que eu vi, você voltou com o seu ex. Eu não vou matar você, esse não é o meu objetivo, eu quero matar é ele! – Ele aponta a arma para a porta. – Porque só assim poderíamos viver juntos.
— Ele não está aqui, Steve. Chegou tarde. – Abaixo a arma. Seu olhar muda, e ele olha fixamente para mim.
— Então parece que o alvo será você mesmo, (S/n).

POR DEAN WINCHESTER
— Sam, você... – Eu começo a procurar pela minha arma favorita no meu bolso de trás. – Você pegou a minha arma?
— Eu? – Ele para de olhar para o computador e de comer a salada, e olha para o irmão. – Porque eu faria isso, Dean?
— Eu não sei, é que... Eu não saio sem ela, nem caço sem ela. – Eu me levanto da cadeira da lanchonete e procuro no chão. Sam rola os olhos.
— Toma aqui. – Ele diz, estendendo as chaves do Impala para mim. – Você deu sorte por não estarmos longe do Bunker.
— Valeu, Sam. – Pego as chaves e saio da lanchonete. Sinto uma pontada de dor em meu peito, e a primeira coisa que penso é em (S/n). Mas ela estava no Bunker, nada poderia acontecer com ela. Fiz questão de deixar em sigilo a gravidez dela, fazendo com que nenhuma criatura sobrenatural soubesse do nosso filho, usando todo tipo de magia possível. Não, eu estava preocupado demais, não era nada.
Entro no Impala e encaixo as chaves, me preparando para voltar pro Bunker.

[...]

POR (S/N)
Steve me prensou na parede ao lado das escadas, e me bateu mais uma vez. Meu rosto já estava com marcas e eu não conseguia enxergar muito bem, eu estava horrível. Ele tinha arranhões e marcas no rosto, mas não estava não ruim quanto eu. Eu não podia me esforçar tanto, não nas minhas condições. Eu não colocaria meu filho em risco, não assim, não desse jeito. Ele me prensa mais ainda contra a parede e aperta meu corpo contra o dele, suas mãos apertando meus braços. Minha arma estava no chão e a dele também, estávamos brigando apenas com socos e arranhões. Ele se prepara para me dar mais um soco, me imobilizando, até que nos dois somos surpreendidos pela porta se abrindo, revelando Dean. Steve percebe que estava morto, literalmente, porque eu já havia falado da fama do Dean para ele. Ele olha para minha barriga e, em um gole rápido, me empurra para o lado, fazendo com que eu caísse pela escada afora.

— NÃO! – Dean grita, com raiva, e eu simplesmente não consigo ver mais nada. Escuto um barulho de tiro, e sinto um enjôo. Dean não pode ter morrido, não desse jeito, eu me culparia para sempre. Sinto o final da escada chegar e a dor de alguns dos meus ossos já quebrados, e começo a chorar desesperadamente. Isso tudo era minha culpa, eu trouxe isso para a vida do Dean, eu sou a culpada por tudo isso que está acontecendo agora. Me encolho no chão, com dores pelo corpo e pelo meu rosto e coloco as duas mãos envolta da minha barriga. Não conseguia ver mais nada, meus olhos estavam cobertos de nada além de lágrimas. Não conseguia me levantar, mas sinto um líquido entre as minhas pernas. Aperto um pouco os olhos e tiro algumas lágrimas que estavam paradas nos meus olhos: Sangue. Minha calça estava suja nada mais nada menos do que de sangue, eu estava tendo um sangramento. Uma dor me corrói do início até o fim, e eu grito de raiva, junto com o choro, deitada no chão frio, no final da escadaria.
Sinto duas mãos me levantarem e me colocarem em seu colo, era Dean quem estava me segurando agora. Olho em seus olhos e vejo a dor dentro deles, junto com infinitas lágrimas que caíam dos olhos verdes do Winchester.
— Você... matou ele? – Eu pergunto, com dificuldade. Ele concorda.
— Ele veio em cima de mim... Foi legítima defesa, eu não sei se alguém viu ou escutou, eu estou tão ferrado (S/n). Eu não quero ser preso e...
— Isso é tudo minha culpa, Dean, eu não deveria ter voltado para a sua vida, eu só trouxe problemas pra você. – Passo minha mão que doía menos pelo seu rosto.
— Você me deu um filho, (S/n), eu não... – Ele para, e olha para minhas calças. O sangue fez com que ele parasse de falar e me olhasse novamente. Eu sussurro um "Hospital" e ele parece entender. Em um golpe rápido, ele me levanta do chão, e eu gemo de dor. Precisávamos ir correndo até o hospital, precisávamos saber a verdade o mais rápido possível: Eu perdi o bebê?

OLAAAAAAAAA
TÔ ADORANDO FAZER SUSPENSE EM VOCÊS, EU SOU DO MAL
então, É ÓBVIO que vai ter parte 3, algo que não era pra existir, só tô fazendo isso porque eu quero postar hoje e eu não tenho mais tempo de escrever agora, então fica pros próximos capítulos 😏
Comentem sobre o final de vocês, eu já tenho a ideia final, mas se alguém me convencer eu posso dar uma mudada 🙂
beijos!!

imagines • supernatural Where stories live. Discover now