Capítulo 41 - O Prisioneiro de Azkaban (parte 2)

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Harry

Onde antes estava Bichenta, a gata marrom e branca da Hermione agora erguia-se uma mulher de cabelos castanhos curtos rebeldes e olhos castanhos. Todos estavam tão chocados quanto eu. 

— C-como...? Quando...? Por que você não...?

— Daniela? — interrompi Black e arregalei os olhos ao reconhecê-la. Sem o uniforme de empregada e os cabelos presos em uma trança como eu estava acostumado a vê-la na casa dos Dursley ela ficava diferente, mas era ela sim. Daniela era quem tornava a rua dos Alfeneiros um lugar suportável para se viver, eu a considerava a melhor trouxa que conhecia, bom não mais já que claramente ela não é trouxa.

— Desculpa Harry, não tenho sido exatamente sincera com você a respeito de quem eu sou, mas essa explicação vai ter que ficar para depois — disse Daniela, ela parecia tão confusa com toda aquela história quanto e eu, então assenti e nós olhamos para o professor Lupin e Black esperando que eles continuassem.

— Quem é essa agora? — resmungou Rony.

— Quem estava faltando, nosso quinto maroto, Jordana Potter — respondeu o professor Lupin e eu arregalei ainda mais os olhos. Ele disse Potter?

— É bom te ver Jordana e você estava certa, todo este tempo pensamos que Sirius tinha traído James e Lily e que Peter o perseguira... Mas foi o contrário, Peter traiu sua mãe e seu pai, Harry... Sirius perseguiu Peter...

— NÃO É VERDADE! — gritei. — ELE ERA O FIEL DO SEGREDO DELES! ELE DISSE ISSO ANTES DO SENHOR APARECER. ELE CONFESSOU QUE MATOU MEUS PAIS!

Apontei para Black, que sacudia a cabeça devagarinho; de repente seus olhos fundos ficaram excessivamente brilhantes.

— Harry... Foi o mesmo que ter matado — disse, rouco. — Convenci Lily e James a entregarem o segredo a Peter no último instante, convenci-os a usar Peter como fiel do segredo, em vez de mim... A culpa é minha, eu sei... Na noite em que eles morreram, eu tinha combinado de procurar Peter para verificar se ele continuava bem, mas quando cheguei ao esconderijo ele não estava. Não havia sinais de luta. Achei estranho. Fiquei apavorado. Corri na mesma hora direto para a casa dos seus pais. E quando vi a casa destruída... Percebi o que Peter devia ter feito. O que eu tinha feito.

— Tem uma maneira de provar o que realmente aconteceu. Rony, me dê esse rato. — Rony relutou, mas entregou Perebas ao professor.

Black já apanhara a varinha de Snape. Aproximou-se de Lupin e do rato que se debatia.

— Juntos? — perguntou em voz baixa.

— Acho melhor — confirmou o professor Lupin, segurando Perebas apertado em uma das mãos e a varinha na outra. — Quando eu contar três. UM... DOIS... TRÊS!

Foi uma coisa esquisita de se ver, o rato ficando cada vez maior e se transformando em homem, o homem em si parecia um rato e parecia apavorado. O professor Lupin, então, cumprimentou-o como se fosse completamente normal velhos amigos de escola se transformarem em ratos:

— Ora, ora, olá, Peter. Há quanto tempo!

— S... Sirius R... Remus. Meus amigos... Meus velhos amigos...

— Estávamos tendo uma conversinha, Peter, sobre os acontecimentos da noite em que Lily e James morreram. Você talvez tenha perdido os detalhes enquanto guinchava na cama...

— Remus — ofegou Pettigrew. Percebi que se formavam gotas de suor em seu rosto e ele olhava para as janelas procurando um lugar para fugir —, você não acredita nele, acredita...? Ele tentou me matar, Remus...

MarotaOnde histórias criam vida. Descubra agora