Capítulo 22 - Uma viagem para além desta

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Oiii meus amores! Quero agradecer os comentários, vocês são demais <3 <3 eu queria conseguir responder vocês com gifs, alguém coloca essa opção no Wattpad AAAAA ashuahsuaj.

Vamos ao capítulo. Boa leitura!


Jordana

Acordei com a cabeça debruçada no braço do sofá e dor no corpo, devido à posição em que eu estava. Alguém afagava meu cabelo agora solto caindo na frente de meu rosto. Pisquei algumas vezes antes de abrir os olhos, afastei o cabelo da frente do rosto. Era fim de tarde, eu tinha passado a manhã inteira dormindo, depois de passar a noite em claro devido a piora do papai e a morte dos dois.

— Vamos para o enterro, Dana. — Era James que afagava meu cabelo.

O enterro foi naquela mesma noite, eles foram enterrados juntos, de mãos dadas, muitos amigos apareceram e depositaram flores. Sobre o papai todos nós já esperávamos devido à doença, porém a mamãe foi repentino, como se ela tivesse apenas ido se juntar a ele em uma viagem para além desta, em uma nova aventura, como se não pudesse esperar para estar com ele novamente. No final foi muito lindo e muito triste. Eles podiam já ser de idade, mas ainda assim, eu estava desolada. Em algum momento meu choro desesperado, se tornou apenas lágrimas silenciosas. Alex ficou ao meu lado o tempo todo e muitos amigos vieram dar uma força.

— Dana, por que não passa a noite lá em casa? — convidou Lily no final, quando quase todos os amigos já tinham depositado suas flores e ido embora. Eu neguei com um aceno o convite de Lily e agradeci com um sorriso triste. Alex ainda segurava minha mão.

— Se cuida, então. — James beijou minha testa, lançou um olhar sério a Alex e foi embora com Lily e Sirius que observava tudo de longe, também muito abalado.

Nós caminhamos em silêncio de volta para a minha casa. A brisa leve da noite secou as lagrimas em meu rosto e me acalmou um pouco.

— Você vai ficar bem? — perguntou Alex quando me deixou na porta, eu assenti.

— Você não pode ficar? — sussurrei.

— Ahm, tenho muito trabalho do ministério acumulado e preciso adiantar essa noite, me desculpe, Dana. Eu realmente queria poder ficar. — Eu assenti, um pouco chateada, mas não criei caso. Ele se curvou para mim e beijou meus lábios, rápido e gentilmente. — Promete que vai ficar bem?

— Prometo — sussurrei da boca para fora, ele se afastou olhando para trás e eu o fiquei observando até que aparatasse.

Por fim, entrei em casa e todas as lembranças de meus pais ali vieram a tona fazendo as lagrimas voltarem a meus olhos e embaçarem minha visão. Todos os almoços e jantares juntos conversando e rindo, os brownies que eram especialidade da mamãe, os abraços que me confortava. De repente aquela casa parecia enorme só para mim. Aquela casa em que certa vez morara meus pais, James, Sirius e frequentemente visitada pelos outros marotos e Alice. Corri para meu quarto onde precisei abraçar um travesseiro e chorar mais. Percebi que teria sido uma boa idéia ter aceitado o convite de Lily.

Não sei quanto tempo fiquei ali, mas um barulho vindo da cozinha, mais especificamente da porta dos fundos, me fez ficar em estado de alerta. Peguei a varinha na cômoda. Ouvi assobios no andar debaixo e de repente uma voz conhecida gritar.

— Dana? Danaaa, está aí? — A voz de Sirius me fez suspirar aliviada. Aqueles sons estranhos, naquela casa enorme e vazia já estavam me causando pânico. Saí do quarto e me debrucei no balaustre.

— Estou aqui em cima — disse com a voz nasal. — O que está fazendo? — Franzi a testa.

— Eu tenha a chave da porta dos fundos — ele explicou enquanto subia as escadas. — James me pediu para buscar algumas coisas para ele. É uma pergunta estúpida, mas como você está?

— Não sabia que eu podia produzir tantas lágrimas — digo com um sorriso fraco.

— Onde está o Nott?

— Não pode ficar, tinha... trabalho a fazer. — Um ar indignado perpassou o rosto de Sirius emoldurado pelo cabelo negro.

— Olha, essa casa é grande demais para você ficar morando sozinha aqui. Se você quiser, tem espaço na minha casa. Se não se incomodar com a bagunça e o pelo de cachorro, é claro — ele brincou. Eu mordi o lábio, Alex não gostaria nada, mas eu não podia continuar ali, então sorri.

— Eu vou arrumar minha mala — digo me voltando para a porta do meu quarto, mas antes de entrar me virei para ele que aguardava no corredor. — E ahm, Sirius... — Ele tinha as mãos nos bolsos, estava apoiado na parede, olhava para o teto, mas baixou os olhos para mim quando o chamei. — Obrigada.

Arrumei a mala bem rápido com uma pequena ajuda da magia.

— Não está esquecendo nada? — perguntou Sirius quando saí do quarto.

— Acho que não.

— Aposto que vai ter que voltar aqui pelo menos três vezes. Você sempre esquece algo.

— Ei! Isso não é verdade. Você não veio buscar alguma coisa para o James? — lembrei e Sirius desconversou.

— Ahm... Depois eu venho buscar. — Ele deu de ombros, estendeu a mão para mim e eu a segurei para que pudéssemos aparatar para meu novo lar temporário.

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