Capítulo 31 - Bem vindo ao mundo Harry

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Harry nasceu. Harry Potter. Meu sobrinho, pequeno e fofo, de olhos verdes brilhantes como os de Lily e cabelos pretos como os de James. Eu estava no St. Mungus quando ele nasceu, mas não fui eu quem fez o parto de Lily, estava apreensiva com Sirius e Dorcas na sala de espera. James chegou com aquele pequeno saco de ossos e gordura nos braços e tinha aquele olhar bobo no rosto.

— Quer pegar ele, Padfoot? — perguntou James e Sirius o pegou, assim como James, com aquele olhar abobalhado no rosto e pensei que eu provavelmente estava do mesmo jeito.

— Ele é tão lindinho. Olha só! — exclamei quando o bebe abriu os olhos e segurou meu dedo indicador com a mãozinha. — Ele se parece com você, James, mas tem os olhos da Lily.

James abriu um sorriso enorme e conhecendo meu irmão como eu conhecia, sabia que ele não podia estar mais feliz. Com medo, também, claro. Mas muito feliz. Eu o abracei.

— Você vai ser um pai incrível.

— Nosso mais novo marotinho. Bem-vindo ao mundo, Harry. Está tudo meio ferrado agora por causa de uns caras maus, mas nós estamos dando jeito nisso, ok? Não precisa se preocupar — disse Sirius. — Isso são lágrimas, Prongs?

— Que? Claro que não, é só que... a luz está irritando meus olhos — mentiu James, Sirius e eu rimos. Peter, Remus e Marley estavam em missão e não puderam estar nesse momento, mas nós sabíamos que eles estavam tão ansiosos como nós.

Mais tarde, Sirius e Dorcas tiveram que ir, mas por eu trabaklhar ali, toda hora eu entrava para ver Lily e levava o Harry para ela segurar. Conversamos sobre várias coisas, sobre a expectativa dela em ser mãe, que tipo de mãe ela seria (cuidadosa, em dobro, uma vez que ele é filho do James e já sei que vai aprontar muito), sobre o parto (ela gostou de me assustar) e outras coisas. Até perdi o horário de meu intervalo e a madame superior teve que ir me chamar.

— Jordana. Sei que é um dia importante, mas você precisa voltar ao trabalho.

— Volto depois, Lily — digo e acompanho madame superior que já saiu do quarto.

— Além disso, já fez os seus exames? Faz um ano que você é curandeira, precisa fazer os check-ups, você tem que estar com a saúde boa para curar. E as visitas? Aplicação de poções?

— Já vou fazer tudo isso, madame superior.

Tomei um caminho diferente do dela, comecei fazendo o check-up, depois fiz as visitas e a aplicação de poções nos pacientes conforme seus prontuários. Nem tive mais tempo de voltar ao quarto de Lily e ela precisava mesmo descansar. No final do dia, passei no balcão de resultado de exames para pegar o meu check-up e ir para casa.

— Boa noite. Vim pegar os resultados dos exames: Jordana Potter. — A balconista procurou um envelope em uma caixa de madeira e puxou o que tinha meu nome.

— Aqui está.

Peguei o envelope e fui em direção à saída enquanto o abria. Passei os olhos pelos resultados, estava ok. Minha saúde estava excelente, mas um adendo no final da página me fez parar no corredor, ler duas, três vezes, aquilo não podia estar certo.

Com a mente em branco e o coração disparado, eu voltei pelo mesmo caminho que fiz até parar em frente ao balcão, por sorte, vazio. A atendente ergueu os olhos para mim.

— Algum problema?

— Sim, acho que você me deu o exame errado. Esse não pode ser o meu. Está vendo aqui embaixo. — Ergui a folha para ela e apontei para as últimas linhas. — Diz positivo para gravidez.

— Uhm... Potter, Jordana Potter, certo? — Ela leu o nome no papel e eu revirei os olhos e bati o pé impaciente. Ela precisava dizer logo que tinha feito uma confusão com os papéis e me entregar o resultado correto ou eu ia ter um ataque de ansiedade. Se tinha algo que eu tinha certeza é que eu não estava grávida. — Tem mantido relações sexuais com frequência nos últimos tempos?

— Ahm, que? — Que raios de pergunta era aquela? Senti minha bochecha esquentar um pouco. Calma, Jordana, você é uma adulta. — Sim, ér... na verdade sim.

— Uhm, o resultado está correto. Parabéns, você vai ser mãe. — Arregalei os olhos e me esqueci como se respirava. Balancei a cabeça para os lados.

— Mas eu, eu estou ótima. Eu não tenho enjôos, não acho que estou mal humorada, nem meus seios estão inchados, não faz sentido.

— Nem todo mundo tem os sintomas de cara, pensei que soubesse, curandeira. Espere mais algumas semanas e vai começar a sentir. Você devia... — Eu não ouvi o que ela disse, apenas acenei positivamente quando a boca dela parou de se mover, então meus pés me levaram até o quarto de plantão, embora hoje não fosse o meu dia de ficar 24 ou 48 horas no hospital. Me senti culpada ao deitar na cama e pensar "não quero um bebê agora", era muito cedo, eu queria curtir meu sobrinho, curtir Sirius, além de que estávamos em uma guerra, eu me sentia viva e forte duelando no campo de batalha, mas dentro de uma cozinha não sabia fazer nenhuma comida decente. Eu não tinha maturidade nem estava preparada para ser mãe.


Oii pessoas lindas, o capítulo saiu curtinho dessa vez, desculpe se a história está ficando um pouco corrida e já aviso que teremos uns capítulos bem tristes, a partir de agora fica meio dramático vocês devem saber do que eu estou falando, mas depois a história volta a ficar mais leve como antes, então não desistam de mim, please <3  <3

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