Capítulo 17 - Admirador secreto

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Sirius

O babaca estava deixando rosas de origami em todo lugar: na mesa do café da manhã dentro de biscoitos, pedindo para alunos do primeiro ano entregar a ela, no meio de livros. Era irritante. Jordana só sabia falar sobre isso de tão curiosa que estava, contara para todas as meninas do treino de quadribol daquela tarde. Quando voltávamos, porém, devia estar cansada demais para tagarelar sobre seu admirador. Paramos em frente ao quadro da Mulher gorda e James disse a senha.

— A senha mudou.

— Como assim a senha mudou? — perguntou James confuso.

— Mudou hoje à tarde, um garoto pediu tão educadamente que eu trocasse a senha, que eu o fiz.

— E isso pode é? — perguntei indignado. — Estamos cansados, abre essa droga.

— Santa impaciência, Black. — Jordana tomou a frente. — Senhora, nós não sabíamos que a senha ia mudar.

— Ah eu adoro isso! Essas charadas — ela disse animada batendo palmas. — A senha tem a ver com você, Jordana Potter.

— Somos da grifinória, não da corvinal — reclamou Lene.

— Ele disse que somente a mais bela grifinória saberia a senha.

— Ah não... A senha não é rosa de origami, é? — perguntou a castanha, um pouco envergonhada.

— Com licença time, eu vou ali me matar, já volto — digo.

— Muito bem! — Ela finalmente deixou que nós entrássemos.

— O cara sabe que você joga quadribol, Dana, sabia que você estaria no treino — disse Lene enquanto entrávamos na sala comunal. Jordana soltou um gritinho entusiasmado.

— Vou contar pra Alice. — E saiu correndo para o dormitório feminino.

Lily estava lendo um livro, sentada em uma poltrona na sala comunal, me joguei em uma poltrona na frente dela, emburrado e irritadiço. Eu a levei pra pilotar a minha moto, quer algo mais romântico que isso? E agora ela fica toda empolgada aí com esse cara que nem conhece.

— O treino foi ruim? — perguntou Lily para James, olhando pra mim com uma sobrancelha arqueada.

— Não, foi ótimo, estamos voando melhor do que nunca — disse Prongs.

Fiquei de mau humor o resto do dia, mas até o jantar já tinha melhorado um pouco. Sentei-me com os outros marotos e encontrei James caindo em si, o que foi melhor ainda.

— Acho que estou pegando muito no pé do time, estão todos cansados e por isso estamos em segundo lugar.

— Você está se empenhando, James, e isso é ótimo — consolou-o Lily. — Acabou exagerando um pouco demais, só isso.

— Um pouco? — brinquei me juntando a eles. — Eu já estava vendo James marcar um treino de madrugada e dizer: vocês não precisam dormir, seu bando fanfarrões.

— Não exagera, Padfoot, mas pensa só, de madrugada não teríamos que brigar pelo campo com outros times e ninguém veria nossas táticas de jogo.

— Diz que isso é brincadeira.

— Sr. Potter. — Um garotinho do primeiro ano se aproximou de nós com uma carta na mão. — Pediram para entregar.

— Ah, obrigado. — James pegou a carta e olhou de Lily para mim, antes de inspecionar a carta e encontrar uma rosa de origami em verde e prata. — Ah! Não é pra mim, é para a Dana. E parece que o admirador secreto dela é da sonserina. — James fez uma careta enquanto eu me virei para o garotinho que se afastava.

MarotaWhere stories live. Discover now