CAPÍTULO XLIV

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O capítulo de hoje está, especialmente, torturante. Lembrem-se sobre o aviso de tempo que eu falei há alguns capítulos. Outro aviso: falta muito pouco, para o mal ou para o bem.

A dor atrás dos meus olhos era horrível, mas, à medida que eu os abria, eu percebi que era pouco, porque em minha nuca ela estava pior

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A dor atrás dos meus olhos era horrível, mas, à medida que eu os abria, eu percebi que era pouco, porque em minha nuca ela estava pior. Ergui o meu tronco, instintivamente levando a mão ao local da dor. Toquei algo viscoso, então, trouxe a frente do rosto e, turvamente, percebi que era sangue. O meu sangue.

Eu estava no quarto, sobre a cama, no travesseiro havia uma mistura de sangue seco. Voltei a fechar os meus olhos, apertando-os, para abri-los em seguida. Não havia tanta claridade no quarto, mas, deu pra ver perfeitamente o homem sentado ao lado da porta.

Tentei formular algo e não consegui, minha garganta estava seca e tentar falar fazia doer. Ainda assim, continuei.

─ Pode ─ tento, mas, a dor na cabeça é muito forte ─ me dar um pouco de água pelo menos?

Ele não diz nada, mas, sai de seu lugar até à mesa no canto e despeja o conteúdo do jarro no copo. Quando se inclina, eu vejo um volume ao lado de sua cintura. Desvio os meus olhos quando ele vem até mim, me entrega o copo e eu bebo toda a água nele.

O homem me avalia, quieto. Ciro. Eu havia ouvido Dominic falar com ele na casa um tempo antes dessa confusão toda. E agora ele o traiu.

─ Você poderia me ajudar a sair daqui ─ falo, entregando o copo. ─ Tenho certeza de que Dominic perdoaria você, se fizesse isso.

─ Você não sabe de nada.

─ Sei sobre Dominic ─ digo, mas, gemo em seguida, a dor parece aumentar. ─ Sei que ele ficaria agradecido por me levar de volta.

─ Você é idiota? Eu tirei você de lá, Collins. Para que pudesse te entregar a Tawin. Não sou igual ao meu irmão que se rendeu por você.

─ Seu irmão? ─ pergunto, sentindo o gosto de sangue na boca. Minha pele se aquecia por algo escorrendo sobre os lábios, toquei-os para ver sobre os meus dedos mais sangue. Limpei com as costas da mão e tentei continuar. ─ Eu não entendo.

─ Arthur Hanks. Dominic o matou porque ele sabia demais.

Arthur. Sim, Arthur. A pessoa que me ajudou a fugir do esconderijo onde fui mantida presa por vários meses. Cobri os lábios em um sussurro de descrença.

─ Depois de ajudá-la, ele foi pego. Levado para um dos complexos, onde foi torturado e morto por seu namorado. Então, senhorita Collins, não, eu não vou deixar que você fuja, não contribuirei para a felicidade de Dominic Samuell, ao contrário, ajudarei a destruí-lo.

Oh Deus! Certo, Tamara. Você consegue fazer isso. Você se protegeu quando era frágil, quando estava ferida e quebrada. Você pode fazer isso. Não é mais uma garota, está diferente, é alguém novo, é hora de enfrentar.

Simplesmente Dominic - Samuell's - Livro IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora