AGORA TAMBÉM NA HINOVEL
Quando Tamara conhece Dominic, ela não imagina que sua vida estaria pra sempre ligada aos seus segredos mais obscuros. E, mais, ela não imagina que estaria presa em um jogo viciante onde o amor pode ser uma carta perigosa.
Pe...
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─ Como você está, querida? ─ diz Abby, puxando Tamara para um abraço, para em seguida soltá-la analisando-a de cima abaixo. ─ Está tão bonita, corada e parece realmente saudável.
─ Estou bem, Abby! ─ responde com sua voz ainda um pouco tensa. ─ E você...
─ Eles estavam namorando, Abby! ─ Júpiter a interrompe, a frase, claro, faz com que Tamara fique inquieta. ─ Eles ficam bonitos juntos, não é?!
─ Você tem razão, Júpiter ─ Abby concorda, trocando um olhar cúmplice com minha sobrinha. ─ Nada me deixaria mais feliz.
O sorriso nos lábios de Abby já transcendia a quantidade de coisas que ela pensava no momento: o jantar de noivado, os convites de casamento, bolos e outras trivialidades em sua cabeça casamenteira. Júpiter olhava empolgada e Dimitri distribuía um sorriso em seus lábios, dando de ombros.
─ Podemos conversar? ─ O meu irmão pergunta, olhando diretamente para mim. Olho para Tamara, que me oferece um sorriso terno, então, eu aceno.
─ Claro, venha comigo ─ digo, caminhando para o escritório com Dimitri no encalço. ─ Então, o que é tão importante?
─ Tamara ─ diz, convicto, me deixando tenso.
─ Ela é um assunto meu, Dimitri. Não vejo porque falarmos sobre ela.
─ Não está entendendo, irmão. Ela me disse algumas coisas, algumas sobre você e algumas sobre si mesma ─ informa, mantendo seu olhar firme. ─ E, pelo que posso notar aqui, você também precisa me dizer algumas coisas.
─ O que te faz pensar que tenho algo a dizer? ─ questiono, evasivo.
─ Conversei com Damien! Ele me contou sobre seu pequeno show em um apartamento na cidade, depois, óbvio, eu pesquisei sobre quem morava lá ─ praguejo baixo diante de sua constatação. Não que eu estivesse surpreso, eles ligariam os fatos uma hora ou outra. E o havia feito. ─ O que há de errado com ela, Dominic?
─ Não há ─ digo, entre dentes, me virando rápido, exasperado. ─ Não há nada de erado com Tamara.
─ Minha experiência diz o contrário. É melhor nos manter informados sobre isso, irmão, se eu estiver certo em minhas suposições, vai precisar de ajuda.
─ Dimitri, eu já disse. Tamara é um assunto meu ─ repito, tendo seu olhar como espectador, frio e concentrado. ─ Não se preocupe, se eu precisar de ajuda, avisarei.
─ Tudo bem! ─ aceita, contornando a sobrancelha com um sorriso meio torto. ─ Mas, tem outra coisa sobre a qual quero falar com você. Eu conversei com Damien hoje... ─ balanço a cabeça, percorrendo os cabelos, pensando sobre isso. ─ Tawin.
─ Qual é o problema?
─ Eu acho que ele...
─ Crianças, venham ajudar! ─ A voz, claro, pertence a nossa mãe. Estava demorando. ─ Agora!
