CAPÍTULO VI

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Espero que gostem do capítulo! Que possa conhecer um pouco da Tamara e, por favor, possa compreender melhor a personalidade dela

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Espero que gostem do capítulo! Que possa conhecer um pouco da Tamara e, por favor, possa compreender melhor a personalidade dela. 

Quero agradecer a todos que tiram um tempo para ler e dizer o que acha. Obrigada, meninas e meninos (já que reclamaram por falar só com as meninas rsrsrs).

~X~

Eufemismo é o ato de empregar palavras agradáveis para suavizar uma expressão. Dizer que estava entediada seria meu eufemismo para a vontade de mandar isso tudo para a merda e sair daquele quarto. Cada linha do meu instinto pedia isso.

E eu sigo meus instintos à risca.

O mais difícil foi escorregar para fora das minhas roupas, depois de ter feito isso, eu relaxei por alguns minutos sob o chuveiro, esperando que um pouco da dor que eu sentia escapasse, incrivelmente, eu não sentia mais tanta dor assim.

Santa doutora Abby.

Será que ela sabe curar dores não físicas também?

O roncar do meu estomago me fez puxar a toalha e pisar sob o tapete em tom claro de âmbar, saindo rápido do conforto da água morna. Olhei-me no espelho de borda ornamental ao lado da mesa com a mesma decoração, eu estava com hematomas horrorosos pelo corpo, a pequena costura era adornada por uma vermelhidão ao lado da minha barriga. Suspirei. Lamentando. Aliviada.

Abby tinha deixado pacotes com uma camiseta, um jeans e algumas calcinhas de algodão, o material me fez odiar ainda mais aquelas porcarias que James me fazia usar. Quando ele queria que eu usasse. A lembrança de ser tocada, inspecionada, violada, me deixa com ódio e nojo. Não de mim. Mas, dos porcos imundos que se achavam que tinham o direito de violar o meu.

Não sinto culpa, tenho consciência de como fui obrigada, eu sei que eu jamais faria aquilo por minha própria vontade, que não deixaria que fizessem se pudesse evitar. Eu só aceito uma culpa, as demais não me pertencem para carregá-las.

Eu me sentia a própria Bela. O luxo estava em todos os lugares, menos naquelas inúmeras caixas no centro da sala, eu percorria os dedos por elas enquanto buscava na intuição um caminho à cozinha.

Quando, finalmente, eu a encontrei, não havia louça que cozinharia pra mim, mas, a dispensa estava cheia. De coisas que eu acredito que ele nunca iria usar. Então, violando a contenção de segurança dos meus próprios muros, eu relaxei, ouvindo uma música que só estava sendo entoada nos meus pensamentos.

Quase uma hora depois, eu tinha o que se poderia chamar de café da tarde aceitável, tinha uma cozinha praticamente intacta e uma senhora fome me atormentando. Eu poderia dizer que o sangue me fugiu do rosto no momento em que me virei para encarar aqueles olhos, mas, eu sentia que, ao contrário, estava com as bochechas queimando e que, provavelmente, a cor nelas me denunciava.

Simplesmente Dominic - Samuell's - Livro IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora