CAPÍTULO VII

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Prontas para mais um pouquinho do nosso Dom?! Comentem muito! Não dói e me alegra

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Prontas para mais um pouquinho do nosso Dom?! Comentem muito! Não dói e me alegra.

***

─ Sobre a sua infância, me conte um pouco, talvez haja algo...

─ Não me teste, doutora.

─ E talvez não tenha coragem de assumir pra si mesmo que algo te fez assim. Se agarrou tanto a este homem frio que é incapaz de ser outra pessoa.

─ Eu tinha seis anos quando fui vendido para um caçador de recompensas, meu pai queria laços com... Pessoas com boas influências e achou que fosse uma boa ideia.

─ Machucaram você? – pergunta, horrorizada.

─ Não. Kozlowski dizia que eu era especial, ele me tornou seu filho, mais tarde, o filho da máfia russa. Eu sou um assassino da máfia, Dra. Foster. E eu não quero mudar, não sou assim por uma infância de abusos, eu cresci sabendo quem eu queria ser e me tornei exatamente o que sempre quis desde o começo.

***

Castiguei os meus fios pela quinta vez nos últimos minutos, não conseguia gostar de nada que eu escrevia. O último rascunho estava adequado, não bom, mas, adequado, ele seguia os caminhos que eu queria para Magnus, o personagem do livro que a editora estava me cobrando o término.

Eu queria me concentrar no meu trabalho, passar a noite escrevendo sobre algo a que eu conhecia bem, muito bem. Mas, aquela parte da história pedia algo mais. Um tipo diferente de inspiração. O envolvimento amoroso que formava o arco de ambos os personagens era extremamente necessário para o desfecho da história. Eu não sabia o que faltava, entretanto, sabia que faltava.

Não bastasse isso, Tamara não saía dos meus pensamentos. Não a forma como seus ombros estavam nus sob a camiseta negra, não a forma como aquele jeans se moldava à extensão do seu corpo atrás da ilha na cozinha e, com certeza, não era a forma como sugou o lábio inferior o deixando mais avermelhado ainda. O que estava em meus pensamentos era algo bem mais sério e complexo. Quem é ela?

Um nome apenas não era o bastante para saber tudo o que eu queria sobre ela. Então, desta forma, eu resolvi tentar uma abordagem diferente. Talvez fosse o método mais inteligente, mas, estava longe de ser o mais aconselhável. Eu não sabia o que, exatamente, me impedia de ter uma conversa decente com a minha hóspede. Mas, havia algo.

Ao contrário de mim, Abby não teve esse problema. Em nossa conversa ao telefone algumas horas antes, ela só conseguia falar no quanto a garota era adorável e em como ela seria boa para mim. Em sua cabeça casamenteira, já estávamos prontos para o "felizes para sempre". Felizmente, eu a cortei antes de começar a falar sobre os netos que ela esperava para um futuro não tão distante.

Abaixei a tela do macbook, apaguei as luzes do abajur sobre a mesa e contemplei a escuridão por alguns minutos, ouvindo os ruídos naturais que vinham de fora, então, exalei e saí do escritório. As luzes da sala ainda estavam acesas, as caixas espalhadas por ela tiravam toda a impressão e imponência que ela deveria passar, então, decidi mudar isso.

Simplesmente Dominic - Samuell's - Livro IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora