CAPÍTULO XLI

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Amoras? Estão aí? Então, eu queria que tomassem cuidado com a leitura, a partir de agora, os capítulos são narrados em tempos diferentes para os dois. Então, tentem assimilar os acontecimentos, se não conseguirem, me chamem. E comentem bastante.

Negar não faz com que o sentimento desapareça

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Negar não faz com que o sentimento desapareça. Mascarar não é uma forma de lidar com eles. O sentimento vai estar lá, ainda que tentemos todas essas coisas. É inútil esconder-se em baixo de camadas, é inútil racionalizar porque sempre que fechar os olhos, sempre que sorrir, sempre que respirar, ele vai estar lá.

Tamara me fez entender isso alguns dias depois que a conheci. Eu sentia-a em mim, completamente em meu sistema e sem volta, então, eu esqueci tudo o que minha razão tem me dito sobre cair no amor. Eu me deixei levar por ela, por sua inocência, pela bondade, pelo sorriso, inteligência e perspicácia. Eu me deixei levar e a amei.

O sentimento não desaparecerá. Ele está aqui queimando como brasas vivas enquanto a razão, completamente metódica e fria, implora, em gritos, para que eu destrua tudo o que há pela frente. Eu fecho os meus olhos e sinto os fiapos de lembrança indo e vindo, trazendo a dor em doses profundamente pesarosas.

A rosa branca em minha mão é a única coisa que ela deixou, também é a única coisa que me impede de deixar que as coisas tomem rumos incoerentes. A razão era minha única chance de trazer Tamara de volta e eu estava me agarrando a ela, mesmo que estivesse deixando as emoções me sangrarem por dentro.

─ Ei, eu voltei o mais rápido que pude ─ Dánika diz me olhando apavorada. ─ O que houve?

─ Por favor, me diga ─ comecei, pegando seu rosto entre as mãos, olhando fixamente em seus olhos ─, como quatro equipes ─ engulo, tentando respirar e me conter ─, sob sua responsabilidade, com o único objetivo de proteger minha mulher, conseguem perdê-la de vista?

Vejo-a engolir em seco, revirar os olhos e, por fim, pegar minhas mãos.

─ Me digam que ele não está nessa merda de novo ─ fala, meneando a cabeça para olhar os meus irmãos. ─ Olha, meu amor ─ começa novamente, tomando meu rosto entre as mãos também ─, não importa onde ela esteja. Do inferno, se necessário, nós a traremos de volta. Então, mantenha-se calmo até o momento.

Sua voz está realmente séria, então, ela me solta e eu faço o mesmo, deixando que meu corpo tente relaxar ao mínimo. Eu estava estalando de nervoso, eu queria qualquer coisa que pudesse me levar a ela.

Meus irmãos me encaravam, num misto de preocupação, raiva e expectativa. Eu, de fato, era o mais calmo dos meus irmãos, mexer com minha família era a única coisa que me deixava completamente agitado. E Tawin o tinha feito.

─ O que faremos? ─ Damien pergunta.

─ Que pergunta! Vamos trazê-la de volta ─ Dimitri afirma, dando dois passos para frente. ─ O que quer que nós façamos? Qualquer coisa. Absolutamente qualquer coisa.

Simplesmente Dominic - Samuell's - Livro IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora