AGORA TAMBÉM NA HINOVEL
Quando Tamara conhece Dominic, ela não imagina que sua vida estaria pra sempre ligada aos seus segredos mais obscuros. E, mais, ela não imagina que estaria presa em um jogo viciante onde o amor pode ser uma carta perigosa.
Pe...
Capítulo de hoje pra vocês. Só vou pedir que comentem o quanto puderem. E dizer que estou postando e correndo! Torço para que gostem!
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Tenha seu tempo, meu amor. Havia dito a ele. A verdade era que eu sou quem precisava de tempo. Precisava respirar algo diferente da intensidade que Dominic transmitia. Mas quando ele saiu do quarto, eu fui oprimida pelo espaço grande que ficou. Imaginei que minha vida sem ele seria assim.
E eu não queria me sentir tão sozinha novamente.
O som da água caindo sobre meu corpo era reconfortante, como uma música doce, enquanto os deuses tocavam seus tambores no céu, os trovões anunciavam uma chuva forte. Meu corpo estremecia ao pensar naquela noite tempestuosa, da forma como tudo aconteceu, do primeiro toque de nossas mãos, do primeiro encontro de nossas almas quando nossos olhos se tocaram.
Eu sentia o perigo nele, sentia a forma como meu coração parecia agitado quando sua voz soava, quando ele disse meu nome, quando nos olhávamos. Eu tive medo. Não dele, mas do que cogitava em meu coração. Medo de entregar-me a ele quando, na verdade, já o pertencia.
Eu saí do banho, envolta pela toalha, o silêncio ainda estava lá, Dominic não. Estava fechando o armário quando meus olhos vislumbraram sua camiseta ali, seu cheiro ainda presente, eu me sentia mais perto dele, então, não resisti e a vesti.
Sorria boba quando peguei um par de olhos em mim. Brilhantes. Enquanto os relâmpagos brilhavam na janela, eu sentia o quarto encolher, sua presença era forte demais, me olhando naquela posição de quem planeja conquistar o mundo.
Deus, como eu amo esses olhos ferozes.
Eu havia esquecido como respirar no instante em que ele veio a passos determinados para perto de mim, meu coração batia tão forte quanto aqueles trovões. Eu pude ouvir a chuva cair forte quando os lábios dele baixaram sobre os meus.
─ Tão minha ─ diz, baixo sobre meus lábios, não sabendo quais caminhos meus pensamentos percorriam ao ouvir sua voz tão rouca. ─ Estou tentando aqui, baby. Mas, sentir meu cheiro em você não me ajuda.
Suas mãos percorreram da lateral do meu rosto até minha cintura, ficando ali, apertando ambos lados com tamanha possessividade que me assustava. Havia fogo em seus olhos, havia um brilho perigoso, me queimando.
Eu não queria ser salva.
Ergui minha mão, repousando-a sobre seu peito, sua respiração estava controlada, mas seus batimentos acelerados denunciavam que estava tão nervoso quanto eu o fazia. Amo-te ─ pensei.
─ Não tente tanto.
Senti o significado das palavras que fizeram o caminho para fora dos meus lábios, assim como a forma com que ele retesou sob meu toque.
Envolvi seu pescoço com meu braço, quando os seus me puxaram para seu corpo firme. Estava trêmula com as coisas que sentia, com as sensações que percorriam meu corpo enquanto seus braços me apertavam, me aprisionavam como se não quisesse espaço algum entre nós.
