XLVIII - Entre sonho e pesadelo - Tenebrisen

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Novamente ele vivenciava a guerra que lutara uma vez realmente e várias vezes em sonho.

Sua mesma espada estava em mãos e havia um homem que ela atravessava sem dificuldade.

Quando ele caiu, Tenebrisen viu atrás dele Mofigarty segurando sua maça em uma mão e o escudo na outra. Atrás dele estava Mellirian, a fumaça saia de sua boca e quando ela rugiu o mundo ao seu redor ficou mais quente.

Ele segurou sua arma mais firmemente.

— Nós já vencemos — disse Mofigarty. — Não tem mais porquê você lutar. Desista!

— Jamais! — Gritou Tenebrisen. E avançou.

Mofigarty não se moveu, mas a dragão de fogo pulou por cima dele para atacá-lo.

Tenebrisen pulou para o lado e brandiu sua espada para cima da dragão. Ele a atingiu mas não conseguiu feri-la.

A oponente cuspiu seu fogo ardente e o guardião, para se proteger, fez uma parede de sombras.

A dragão começou a se aproximar com passos lentos. A cada passo que ela dava era mais difícil para ele manter seu escudo. Reuniu suas poucas forças. Concentrando-se, fez com que a parede de sombras explodisse e atingisse a dragão no rosto.

O golpe fez com que ela não conseguisse mais expelir fogo e ficasse desse modo por um bom tempo.

Tentando outra coisa, a inimiga levantou sua pata dianteira e desceu com uma força gigantesca que o teria matado instantaneamente.

Aquilo esgotaria completamente seu poder para fazer qualquer coisa que envolvesse usar sua magia, mas ele não tinha outra opção. Quando ela estava tão perto que não teria tempo para recuar, ele abriu um portal das sombras.

Rapidamente o braço da dragão entrou, ele fechou o portal, abriu a alguns metros dali, o braço saiu do portal e a dragão rugiu enquanto caía.

Tenebrisen olhou para o guardião, a fúria estava em seus olhos. Ele preparou-se para atacar e Tenebrisen para morrer.

Quando pensou que realmente tudo estava acabado, viu uma sombra preta passando por cima dele.

E então Skia estava em sua frente lutando contra o guardião de fogo. Ele lançava chamas tentando ferir inutilmente a dragão que cuspia nele uma matéria escura e mortal, sombras.

Tenebrisen pegou a espada e foi em direção a Mofigarty. Por um momento, um curto e feliz momento, ele acreditara que tinham conseguido, a guerra terminaria, e eles seriam os vitoriosos... Mas se esquecera da dragão de fogo que, apesar de ferida, não estava vencida.

Ela atingiu Skia por cima, perfurou suas escamas e afundou suas garras cada vez mais fundo nela. A dragão das sombras rugiu. Não um rugido intimidador, como fazia antes das batalhas para amedrontar seus oponentes. Nem um rugido como aquele que fazia quando ela e Tenebrisen voavam por cima das nuvens apenas por diversão, não era um rugido feliz. Era uma expressão de dor, de angústia.

Quando a outra dragão saiu de cima de Skia, um líquido preto pingava de suas garras, o mesmo líquido que saía das costas de sua companheira e que banhava o chão onde ela havia caído.

Tenebrisen correu na direção de Mofigarty. A raiva corria no lugar de seu sangue. Não vão fazer isso com ela.

Correu o mais rápido que podia com os sofrimentos e a fraqueza. A espada em sua mão pesava como nunca havia pesado antes. Não vai acabar assim.

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