— Se for mesmo Greg e ela o ajudou, ela deve estar correndo algum perigo, ele não vai deixar ela se sair bem dessa. — Fala. — Por mais que ele tenha conseguido o que queria, ele vai descartar ela de algum jeito e com o crime que ele cometeu, não vai ser de um bom jeito.

A forma como ela fala, me faz pensar que Greg mostrou mais para essa mulher do que para qualquer outra pessoa com quem ele conviveu, e isso pode ser tanto vantajoso quanto perigoso.

— Eu vou fazer uma visita para ela e ver como eles armaram tudo, você fica aqui dentro em segurança e não abre a porta para ninguém.

— E você?

— Eu tenho uma chave, mas não acredito que vou voltar a tempo para dormir, vou encontrar esse cara e garantir que ele não tente chegar perto de você novamente. — Falo.

— Não posso te pedir que faça isso. — Diz.

— Você não está me pedindo, estou fazendo isso porque quero e faz parte do meu trabalho encontrar pessoas. — Passo a mão no cabelo dela, que fecha os olhos e se inclina para mais perto de mim. — Preciso que me diga onde ela mora e o nome dela.

Acaba que Eliza mora no andar de baixo, no apartamento 2B, que é para onde eu vou. Aperto a campainha e como ninguém atende bato na porta e mais uma vez sem sinal de que qualquer um possa estar lá dentro.

Em uma última tentativa eu atento abrir a porta que para a minha surpresa não está trancada. Quando entro acabo encontrando um apartamento limpo, até demais.

— Eliza? — Chamo e nem uma resposta vem, é quando decido procurar nos quartos e dou de cara com ela, deitada na cama, um saco cobrindo a cabeça.

Corro até o lado dela e tiro o saco, tentando reanimar e quando não consigo, puxo para fora o meu celular e ligo para a emergência.

Muito engraçado que ela tenha se matado logo após os acontecimentos de hoje.

— Foi você quem encontrou o corpo? — Um dos policiais que vieram me pergunta.

— Sim, eu moro no andar de cima e como ela teve um incidente com fogo mais cedo, decidi vir ver como ela estava uma vez que foi ela quem causou. — Conto, esses policiais nunca vão acreditar que um psicopata maldito fez isso. — Bati na porta algumas vezes e como ninguém respondeu decidi tentar a fechadura, quando vi que a porta estava aberta achei que tinha alguma coisa errada e comecei a procurar, encontrei ela na cama com o saco na cabeça, tentei reanimar e quando não consegui liguei para a emergência.

— Tem alguma testemunha de onde estava há algumas horas? — Pergunta.

— As câmeras de segurança do prédio podem confirmar que eu estava com a minha namorada e então vim ver como ela estava. — Minto.

— O senhor conhecia a moça?

— Me mudei para cá faz pouco tempo, minha namorada sabia apenas o nome dela e que o namorado estava vindo jantar aqui hoje, foi o que causou o incêndio no prédio.

— E onde você estava durante o incêndio?

— Eu trabalho como consultor de segurança privada, um dos bancos que contratou meus serviços sofreu uma tentativa de arrombamento e eu tive que sair para lidar com a situação. — Não é uma mentira uma vez que eu estou mesmo trabalhando com o banco. — Agora eu não entendo as perguntas se ela se matou. — Mais uma mentira.

— Estamos apenas averiguando a situação, processo normal em casos assim.

— Claro, se eu puder ajudar em mais alguma coisa...

5 - Ela é Minha/ Royal MC 5Onde as histórias ganham vida. Descobre agora