Capítulo 2

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Lisa

Detesto ter que sair de casa e deixar Hanna com uma babá ou uma empregada, mas a minha agenda está cheia essa semana e se eu quero ter o final de semana livre com a minha filha, vou precisar trabalhar dobrado para conseguir.

Não é como se eu fosse uma pessoa que trabalhe duro no sol ou fazendo vários exercícios físicos, até porque o meu corpo não se parece com o de uma modelo, muito pelo contrário.

- Mamãe eu posso ir ao parque com bibi? – Minha filha corre do quarto dela em direção a sala e se joga nos meus braços.

- Se você prometer se comportar. – Falo dando um beijo no rosto dele e a levando até o balcão da cozinha para tomar o café da manhã.

- Eu prometo mamãe.

Adotar Hanna foi a melhor decisão que eu já tomei na vida, minha filha é o meu tudo e eu não consigo acreditar que Deus a mandou para mim.

- Nesse caso eu deixo e espero poder encontrar vocês duas para o almoço.

Bibi a babá de Hanna aparece na cozinha com uma pequena mochila rosa na mão e algumas bonecas, ela olha para minha filha e pisca, em seguida ela se vira para mim e me dá um sorriso confiante.

- Vamos estar lá no horário marcado Lisa.

- Obrigada, sabe que odeio deixar em casa de manhã, mas o escritório precisa de mim lá e se eu quero ter o final de semana livre, vou ter que ir mais cedo.

- Não se preocupa não, essa semana eu estou de folga da minha outra patroa, então posso ficar até a hora que a senhora precisar.

- Obrigada, agora deixa eu ir antes que perca uma das reuniões.

Dou um beijo na Hanna, um pouco de dinheiro para Bibi comprar qualquer coisa que a minha filha queira e saio. Meu apartamento fica próximo a empresa, por isso eu ando até lá.

Morar próximo do meu trabalho foi um dos requisitos quando comprei o meu novo apartamento, não queria ficar na minha casa perdida em lembranças do meu falecido marido e da vida que tínhamos juntos.

Tudo sempre foi tão perfeito que as vezes me pergunto se era tudo real. Claro que o fato dele não poder ter filhos trouxe uma nuvem escura sob nosso casamento, mas em nenhum momento o acusei, muito pelo contrário, ele sempre se culpou por não poder me dar um filho.

No momento em que chego no meu prédio um dos seguranças está me esperando e abre a porta para mim. Os meus funcionários são treinados para tratar os meus clientes e qualquer pessoa que passe por essa porta o melhor possível.

Aqui todos são respeitados!

- Olá senhora. – Me cumprimenta assim que passo pela porta.

- Tudo bem Vincent? – Pergunto sorrindo para ele.

- Tudo ótimo e com a senhora?

- Estaria melhor se não tivesse que lidar com tantos problemas. – Brinco.

Com um sorriso no rosto eu subo para o meu escritório e começo a passar por todas as reuniões do dia. Alguns empresários são mais gentis que outros, ao mesmo tempo em que alguns duvidam da minha capacidade de comandar o império do meu marido.

Esse é um daqueles momentos onde eu agradeço aos Deuses por não ter nascido na época das colonizações, pois de duas uma, ou eu seria expulsa de casa ou teria virado uma freira.

- Bando de idiotas estúpidos. – Falo enquanto reviro os papéis na minha mesa. A bagunça tomou conta do lugar inteiro, na verdade eu nem sei porque tenho uma secretária, uma vez que tudo o que a minha faz é manter a frente do meu escritório em ordem.

- Ouvi você amaldiçoando meio mundo, então pensei que estava na hora de trazer o seu café. – Diz, me entregando um copo de café da Starbucks.

- Acho que acabei de me lembrar o motivo de você ainda ter um emprego. – Falo sendo sincera.

- Você não me manda embora porque eu mantenho a sua vida organizada. – Responde e então olha para o caos na minha mesa. – E é por isso que você precisa de mim, como conseguiu deixar a sua mesa nesse estado? Você está aqui há apenas uma hora.

- Na verdade parece que estou aqui há séculos.

- Você odeia trabalhar de manhã e eu realmente prefiro você no período da tarde.

- Sabe que eu ainda posso te demitir. – Lembro.

- E quem iria manter seu fluxo constante de café? Ou melhor, dispensar os babacas que marcam reuniões no período da noite porque acham que podem dormir com você? Admita, sua vida é muito melhor comigo nela. – Ainda por cima safada ainda tem coragem de colocar a mão no quadril e sorrir para mim. Onde diabos eu fui arrumar uma secretária como essa? Há já sei, é isso o que dá contratar sua amiga de infância para gerir a sua vida.

- Será que podemos voltar ao trabalho? – Pergunto.

- Claro, uma mulher chamada Alexa entrou em contato comigo essa manhã e me pediu para agendar uma reunião, disse que era assunto de vida ou morte. – Diz parecendo preocupada.

- Ela é secretária de alguém?

- Não, ela me passou o sobrenome dela e eu dei uma pesquisada, sabe como é manter as coisas atualizadas.

- E?

- Ela é uma das melhores advogadas do pais, não só isso, mas também só trabalha com figurões montados na grana como você. Como eu sei que você precisa de um advogado bom eu consegui abrir um espaço na sua agenda para e o amigo.

- Amigo?

- Sim, Black é o nome dele e eu não consegui mais nenhuma informação. Seu atual advogado assim que ouviu o nome dela praticamente começou a quicar no lugar como uma criança doida para fazer merda. Quem diria que iriamos conhecer uma pessoa que é capaz de pôr aquela praga de terno, toda alvoroçada.

Não consigo me segurar e começo a dar risada, Amber sempre teve uma queda por Joaquim, o meu atual advogado e ele sempre esteve afim dela, mas ambos são cabeça dura e nenhum quer dar o braço a torcer, então eu fico e me divirto com as brigas deles.

- Um dia eu ainda vou ser a madrinha do casamento de vocês dois. – Falo.

- Só se os porcos voarem e olha que isso não tem previsão de acontecer.

Como se fosse o destino, Amber se senta na cadeira em frente a minha mesa e bate no controle da tv, exatamente no momento em que está dando no noticiário sobre o dono de um porco que pulou de paraquedas, parece que o bichinho adora voar e saltar de paraquedas com dono e ele espera um dia que conseguir que o animal faça o grande salto sozinho.

Quando o jornal volta para o estúdio a risada que eu estava pretendendo finalmente vem à tona, e Amber me olha chocada.

- Acho que devo ir comprar o meu vestido de dama de honra. – Provoco.

- Isso só pode ser algum tipo de brincadeira de mal gosto.

- Parece que não. – Zombo. – Agora vamos voltar ao trabalho, afinal você não pode acumular serviço até a semana do seu casamento.

- Eu te odeio. – Fala saindo da minha sala e me deixando sozinha com o meu trabalho.


Amores, eu disse que ia ficar um pouco diferente, mais ha tarde eu libero o outro e assim por diante, vou liberando dois por dia até terminar o que significa semana que vem já vamos ter a parte dois.

Até mais

Beijos

Carol...

5 - Ela é Minha/ Royal MC 5Onde as histórias ganham vida. Descobre agora