Black é um homem com um passado difícil que acabou de encontrar a filha que acreditava estar morta. O único problema é que ela foi adotada por Lisa, uma mulher forte que não vai deixar a filha ir tão facilmente.
Lisa ama a filha mais do que tudo...
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Saber onde a mulher que deu a luz a mim e ao meu irmão estava me fez perder a cabeça, eu não liguei em deixar Cassandra com Tayler e Alexa no apartamento e sair em busca da puta.
Faz muito tempo que tenho algumas coisas para dizer a ela e não pode esperar, ela vai ter sorte se conseguir amanhecer sem uma bala na cabeça dela.
A mulher que desapareceu sem olhar para trás me deixando com uma criança de um ano e meio para cuidar, uma criança que me perguntou diversas vezes sobre a mãe dele e porque ela o abandonou.
Essa conversa que vou ter com ela hoje vai esclarecer para o meu irmão tudo aquilo que eu não pude esclarecer.
O táxi para em frente a uma casa bem cuidada no Brooklyn, não me admira que Gal esteja morando no único lugar bonito e bem cuidado em meio a vários prédios decadentes com vários traficantes em volta. Ela sempre gostou das drogas e agora que mora com um deles, deve ter acesso fácil a esse tipo de merda.
— Posso te ajudar em alguma coisa? — Um adolescente que aparenta ter a idade do meu irmão pergunta, ele faz um movimento me mostrando que tem uma arma em sua cintura.
— Preciso falar com Gal. — Digo.
— Boa sorte em conseguir isso, meu chefe nunca deixaria ela sair de casa para se encontrar com outro homem. — O garoto pergunta. — Pelo menos não depois que ele matou o último brinquedinho dela.
— Acontece que eu não sou um brinquedinho dela, eu sou o filho dela. — Sinto um gosto amargo na minha boca ao dizer que sou filho daquela coisa asquerosa.
— Ela nunca disse que tinha filhos, e cai entre nós, não me parece ser uma boa mãe. — Diz o garoto que me faz sorrir.
— E não é, mas eu preciso fazer uma coisa para o meu irmão e isso envolve ela. — Falo.
— Se for precisar de algum órgão tá ferrado, aquela mulher usa mais droga do que nós somos capazes de vender. — O garoto fala.
Ver esse menino me lembra que por mais que eu odeie Gal por abandonar meu irmão, ele está melhor comigo do jamais estaria com ela. Ele poderia ter a vida que esse garoto tem, a vida que ao contrário da que levo no clube, não tem nenhum companheirismo, apenas os riscos e o crime.
— Quantos anos você tem garoto? — Pergunto para o menino.
— Quinze. — Diz e porra, ele é um ano mais novo que o meu irmão.
— Por que entrou nessa vida?
— Olhe em volta, não tem muitas opções para um garoto como eu. — Ele fala.
Lembro que Afonso ajuda alguns garotos como esse e para evitar que ele tenha um fim terrível, como os garotos de rua assim tem, eu entrego um cartão para ele.
