Herdeira III - Meu Leão Branco

❤ Descoberta ❤

— Como assim vocês...? — Taylor levanta do sofá, irritado.

— Pai, o que tem de mal nisso? Luciano me disse que o senhor deu a bênção.

— Sim, sim...eu dei, filha. Mas não sabia que seria tão depressa assim. — leva as mãos ao rosto. — Tenta entender o seu pai. Sou muito ciumento, tenho muito medo dele te magoar e se ele te magoar... você nunca irá vê-lo. Nunca mais! — seu tom sai autoritário.

— Pai, Luciana nunca vai me magoar. Até o senhor já afirmou que ele vem de uma família boa e acredita que também ele não seja diferente.

— É...vou tentar dar um crédito de confiança nesse garoto, mas vou logo avisando que vai demorar um tempo. — "dramatiza".

— Sei. — olha para ele desconfiada. — Quando o senhor menos imaginar, estará chamando-o para te acompanhar nas pregações.

— Falando em acompanhar, o pai de Nathan me ligou recentemente e me perguntou se aconteceu alguma coisa entre você e o filho dele. Nunca mais ouviu ele ter contato contigo...

— Ah... — Nicoly suspira entediada. — Não sei se o senhor sabe, mas Nathan foi embora sem avisar. Depois que eu saí com Luciano, ele deixou um bilhete, Raíssa me disse que encontrou ele lá de fora com as malas e depois mandei uma mensagem, agradecendo pela ironia e paramos de conversar. — explica rápido. — Porém , garanto que não estou com mágoas, somente estou tentando entender o motivo de ter dado aquele chilique. Nathan nunca se mostrou ciumento para com minhas amizades.

— Pelo menos ele tem razão em uma parte. — resmunga.

— Pai! — repreende-o. — O senhor só está falando isso, porque ainda não conhece ele, mas no dia que você sentar e passar a conversar, irá entender que tudo aquilo que você criou a respeito dele é errado. Não fique criando expectativas, Luciano pode te surpreender. — levanta, ergue e para dar um beijo na bochecha de seu pai e logo segue para seu quarto.

— Nicoly Motta Diniz! — a chama. Ela para e fita-o.

— Pai, Luciano me trata tão bem, ele me ama e eu o amo. Ele se importa comigo e se você quiser uma prova, pergunte a mãe dele, pergunte a quem ele compartilha sua vida. As coisas que ele me ensina sobre Deus, não tem explicações! Anteriormente, sempre se mostrou presente em minha vida, me tratava como algo digno de carinho e agora que somos oficialmente namorados, nada vai mudar! É preciso conhecer alguém antes de querer assumir um relacionamento e eu já o conheci suficiente para rotula-lo como meu namorado. E espero do fundo do meu coração, que o senhor entenda e veja isso com mais clareza. Te amo. — se retira.

Taylor fica com raiva de si mesmo e segue para seu quarto. Se depara com sua esposa lendo um livro, deitada na cama. Ela tira sua atenção dele e encara-o com um olhar "óbvio".

— Não precisa me dizer nada, eu já sei. — revira os olhos e fecha a porta.

— Amor, deite-se aqui. — dá leves batidinhas na cama e coloca o livro em cima do criado-mudo.

— Vai me dar sermões também? Já basta minha própria filha.

— E ela está errada?

— Quem ela pensa que é para falar daquela forma comigo? Tenho certeza que foi aquele...garoto que está fazendo sua cabeça.

— Taylor, já pedi para deitar-se. — Melissa diz séria. Ele resmunga e deita na cama, um pouco distante. A mesma ignora e encosta seu corpo ao dele. — Até entendo o fato de você estar com ciúmes, esse é o seu jeito, mas não pode impor as pessoas de querer aceitar. É que nem você trabalhar ao lado de uma pessoa que tem uma religião diferente da sua. Você vai respeitar a crença dele, mas de maneira nenhuma vai querer que ele coloque o que ele acredita em sua cabeça, pois você sabe que é algo ao contrário do que a Bíblia te ensina. Assim é com nossa filha, ela pode respeitar o seu ciúmes, mas não pode querer que seu ciúmes e impeça dela querer de acreditar no que acredita! Se Deus confirmou esse relacionamento, não tem o porquê de nós, pais, impedirmos. Você já deu a bênção, então fique na paz.