Herdeira III - Meu Leão Branco

❤Prudência e Concerto❤

A festa estava maravilhosa. Nicoly se surpreendeu com a quantidade de pessoas que compareceram, claro que a maioria não era muito próxima a ela, mas estava feliz por estarem ali.

Seus amigos fizeram de tudo para que ela parasse de pensar em Luciano, não foi uma tentativa muito boa, pois ela não consegue parar de olhar para os lados.
Ela sentia que ele iria aparecer, mas suas expectativas se frustram por não encontra-lo em lugar algum.

— Ei, hoje é seu dia princesa. — Nathan se pronuncia. — Todos a sua volta estão se divertindo e comemorando mais uma primavera que você completa, comemorando por você estar viva e por você ser tão especial e por quê se preocupar com uma pessoa?

— Ele não é qualquer pessoa. — umedece os lábios.

— Tudo bem, já saquei que ele é um cara muito importante na sua vida, mas para de pensar um pouco nele e foca em sua família. — sorri fraco.

— Certo. Você viu Raissa? Não a encontro em lugar algum. — diz olhando em volta.

— Também não tenho notícias. A sua amiga é um pouco doidinha, mas é divertida, tem papo na língua. — gesticula.

— Hum... — a fita desconfiada. — impressão minha ou terei que unir um casalzinho?

— Impressão sua. Ela não faz o meu tipo. — responde seco.

— Pesado. Tenho certeza que vocês se identificaram em alguma área. Raíssa é uma pessoa muito boa e eu acabo sendo rígida em relação a relacionamento com ela, pois não é para qualquer um. É especial demais pra qualquer "homem". — diz, irônica.

— Bom saber disso, então espero que ela seja feliz com um homem de verdade.

A expressão de Nathan era indecifrável.

— Tenho certeza que sim. Não gosto que ninguém despreze ela ou diga que falta algo...sabe? Ela já é muito bem completa.

— Tudo bem? Tenho uma leve impressão de que você se ofendeu com o que eu falei. Me perdoe, mas é a minha opinião: ela realmente não faz o meu tipo.

— Ah...me desculpa Nathan. — diz cabisbaixa. — É que...

— Já sei: Luciano. — revira os olhos. — Com licença, vou tentar "animar" a festa.

Nathan se retira e a deixa sozinha. Seus olhos escuros, transbordaram de água. Correu para dentro do banheiro e abafou o choro.

Está sendo o pior aniversário da minha vida.

Pensa.
Ela se sentia vulnerável e não sabia como disfarçar isso para as pessoas, não queria passar uma imagem que não seja verdadeira.

— Miga? — ouve Raissa a chamar. Limpa as lágrimas rapidamente e abre a porta.

— Onde você estava?

— Ali... — franze o cenho. — você estava chorando? O que aconteceu? Ah, já sei: Luciano.

— Ele está aí? — arregala os olhos.

— Não. — sussurra. — Olha, disfarça essa cara feia e vamos nos divertir. Está todo mundo te procurando. Florzinha de Jesus Cristo, hoje é o seu dia e independente das frustrações, temos que nos alegrar. Ei, princesa? Ergue a cabeça, senão sua coroa...

— Idiota! — ela gargalha.

— Isso, gosto de te ver sorrindo. Agora anda! — a puxa pelo braço.

Todos no salão estavam dançando uma música romântica, como se fosse um baile.
Ela avista seus pais abraçados. Sorriu com aquela cena tão românica.