Herdeira III - Meu Leão Branco

Cap.9 ❤ Aceito❤

*Domingo bônus*
💟💟💟💟💟💟💟
💟
💟
💟

Nathan estava observando Nicoly terminar de se arrumar. Ela estava tímida e nervosa, por mais que já estivesse saído com ele antes.
Sua mente tentava imaginar todas as palavras que iriam sair da boca dele e quanto mais ela pensava, mais nervosa ficava.

- Seu amigo está conversando com seu pai. - ele se pronuncia.

- Já sei. - responde, enquanto penteava o cabelo.

- Vão pra onde?

- Não faço a mínima ideia. - dá os ombros.

- Hum...eu vou embora amanhã, preciso resolver algumas coisas e não gostei muito daqui da cidade. É um mundo muito grande. Gosto muito da roça.

Nicoly suspira fundo; ela sabia que ele estava fazendo drama.

- Nathan você me prometeu que ficaria por alguns dias. Me diz se tem alguma coisa que está te incomodando... - ela fita-o.

- Não tem nada... só não... - suspira. - não quero que você se decepcione com esse garoto, não conheço e tenho uma leve impressão de que ele só quer brincar com seus sentimentos.

Ela sorri com sua preocupação.

- Obrigada por se importar comigo, com os meus sentimentos, com a minha felicidade, com meu futuro, mas Luciano não é nada daquilo que você está pensando, pelo contrário é um menino enviado por Deus para minha vida.

- Certo. - umedece os lábios. - Também não gostei muito do pessoal da cidade, porque falam demais. Nem o pessoal da cidade onde eu estudava eram assim! - desvia o assunto.

- Reclamando de minha amiga, não é? - ri.

- Como você sabe? Já sei, amigas sempre contam! - revira os olhos. - Aquela menina é muito enxerida, grossa, doida!

- Hum...

- Nicoly, anda filha! - seu pai grita da sala.

(...) 🌸

O passeio estava sendo longânimo para Nicoly. Pensou que Luciano está enrolando demais com o local onde ele deseja ir. O mesmo continua inventando história para disfarçar a ansiedade dela.

- Não precisa ficar nervosa, não iremos para um lugar extraordinário, pois minha intenção é dizer o que sinto e fazer a minha proposta. Posso falar aqui se quiser.

- Não estou nervosa. - reclama.

- Sei... não para de olhar o relógio. Pode descansar, porque já chegamos. - ele a fita com um sorriso cativante no rosto. 

Ela olha em volta e nota que está em um lugar incrível! Nunca tinha ouvido falar dessa beleza tão natural que estava em sua frente. O nervosismo era tanto que não reparou que estava dentro de um lugar bem florido! Óbvio, o teto transparente não deixou que a mesma percebesse esse detalhe.

- Que lugar... - suas mãos vão até a boca. - porque nunca me falaram disso aqui?

- Porque ninguém, além de mim, pagou uma nota pra ver sua reação. - "ironiza"

- Você...? - arregala os olhos.

- Brincadeira. - ele ri e logo em seguida leva sua mão até a região do seu braço que foi agredida por um tapa.

- Tem como me dizer onde estou? - pergunta irritada.

- O nome desse lugar se chama NICOLLI. Pode até parecer brincadeira, mas é real. Há muitos anos atrás, uma garotinha chamada Nicolli, sempre sonhou em ser gastrônoma e abrir um restaurante com o próprio nome e que ele fosse florido, porque ela amava flores, então, juntou duas coisas que gostava e um único lugar. E se você ainda não reparou, estamos dentro de um restaurante.

Nicoly olha em volta e se espanta com a beleza que não havia reparado antes.

- Tudo bem, mas cadê o garçom, o balcão.... Ela teve uma ideia estranha  e legal: fez um restaurante, misturado com uma floricultura. É difícil de explicar, porém, como estamos nesse corredor, podemos observar que existem várias alas de vidros, com flores dentro, mas também tem mesas e cadeiras. Cada pessoa que chega aqui, escolhe uma ala para ficar com sua companhia, logo após, os garçons chegam com o cardápio.

- Ainda não consigo acreditar que estou aqui.

- Vem, vamos escolher nossa ala, antes que alguém ocupe. Esse lugar enche demais.

Os dois caminham e escolhe a primeira que vê vazia. Ela olhava cada detalhe do lugar, inclusive o céu que estava bem azulado e as flores que enfeitavam a ala.
O garçom chegou com o cardápio florido. Como aquilo tinha um aroma viciante.

- As coisas são bem caras. - se espanta ao abrir o cardápio.

- Sou vaso do Concerto, tenho desconto. - pisca e volta encarar as opções.

- E o que você fez para tê-lo? - ela ergue uma das sombrancelhas.

- Nada.

Aquela conversa não estava agradando a mesma.

- Amor, fica tranquila. - diz.
Ele nem tinha reparado a primeira palavra.
O coração dela disparou em questão de milésimos. Pensou em perguntar se tinha percebido, mas preferiu ficar quieta e deixar aquela sensação boa que estava sentindo.

Depois que os pedidos chegaram e terminaram de comer, Luciano decidiu começar seu discurso direto-profundo-romântico-apaixonante.

- Te chamei aqui para tratar de assuntos relacionado ao nosso futuro. Não aguento mais esperar por ele. Meu coração andou vagando demais procurando você e acho que já está mais do que na hora de presenteá-lo. Não só pelo tempo de espera, mais por nunca desistir de acreditar que um dia ele estaria tão próximo ao seu. Hoje estão juntos e querem se amar, mas ainda tem uma barreira dificultosa: escolhas. A "última escolha". Cada um de nós construiu um caminho, fez planos e não sabemos se tem um espacinho vago para amar e dar a atenção suficiente, pois sabemos que quando não regamos o amor... talvez ele murche. Nicoly... - segura suas mãos que estão apoiadas em cima da mesa. - quero te fazer uma proposta: você aceita orar comigo?

Luciano foi direto onde queria, sabia que se fizesse um discurso enrolado iria cansa-la.

- Sei que mulher gosta de ouvir palavras bonitas, mas se eu falar muita coisa você não vai gravar quando chegar em casa. Por isso fui direto no assunto. - diz e ela ri.

- Queria poder gravar o que me disse à segundos atrás. - fala com um sorriso bobo no rosto.

- Não precisa amor, te direi isso todos os dias se você aceitar minha proposta. Lembrando que não estou te chantageando.

Novamente, ele não reparou no que tinha acabado de dizer.

- Eu aceito orar com você. - sorri.

- Ganhei meu dia... finalmente Prudência e Concerto iniciarão uma nova etapa em suas vidas.

- Concerto e Prudência se combinam. - diz, por fim.

💟
💟💟
💟💟💟