Tão igual, tão diferente...

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Tão igual, tão diferente

Volto para casa já com um encontro marcado com Amber, precisava conversar com ela, não queria parecer um idiota que se aproveitou de uma garota bêbada. Se bem que aparentemente eu estava mais bêbado que ela. De qualquer forma, uma parte de mim sentia - se culpado, por projetar a minha frustração de ter perdido a Carolina, e de alguma forma me aproveitado de alguém que se preocupou em vir me amparar num momento difícil. Eu não lembrava direito do que havia acontecido, mas ir para cama com ela certamente teve muito mais a ver com Carolina, do que com Amber e isso devia ser frustrante para qualquer garota. Principalmente se ela tivesse algum tipo de sentimento por mim. Ela teria? A minha Carolina jamais se entregaria a algúem que não amasse, o que pode ser antiquado pros padrões sexuais atuais, mas não deixa de ter sua beleza. Amber sendo tão parecida, pensaria da mesma forma?

Eu não sei, mas o que posso dizer é que meus últimos “enlaces sexuais” ou “quase” sexuais, eram assustadores. Minha quase irmã, uma maluca que droga bebês e agora a ex babá da minha filha, se isso não parece a lista de um pervertido eu não sei o que parece.

Minha mãe já havia entregado minha mala, então eu tomo um banho demorado na pequena banheira enquanto lembro de mim e Carol disputando espaço dentro dela.

“_ Droga Noah, você parece aquelas criancas chatas que andam grudadas nas mães, será que posso tomar um banho sozinha? - Ela reclama enquanto eu tiro a cueca e me enfio na banheira.

— Lamento futura sra Johnson, mas banhos conjuntos fazem parte do pacote pré - nupcial. - Eu falo entregando a esponja para ela esfregar as minhas costas, ela faz uma careta mas logo se põe a me ensaboar.

— Precisa ir no mercado comprar, bife, batata e molho…

— Quer que eu compre absorventes?

— Não.

— E remédio para dor de cabeça?

— Não, porque?

— Uhuuu, não tá menstruada nem com dor de cabeça é hoje que o Noah jr. tira o atraso. - Digo e ela enfia a esponja ensaboada na minha cara.

— Hey, me fez comer sabão.

— Como posso ser a futura senhora Johnson se…. Ai meu Deus, tá me pedindo em casamento?

— Droga! Achei que você não perceberia. - Digo e ela lança água na minha cara.

— Mas você disse que… Isso não importava, que eram apenas protocolos idiotas e…

— Se importa para você, importa para mim… Carolina Smith, quer se casar comigo?

— Sim, nossa! Meu Deus, cadê o anel?- Ela pergunta toda feliz.

— Precisa de um anel? Você falou pra
s suas amigas que achava ridículo esses anéis.

— Eu disse porque achei que nunca me pediria em casamento! É claro que precisa de um anel!

— OH… Vai ter que esperar um mês porque eu já gastei todo o meu salário, mas eu ainda posso te dar o melhor sexo de noivado que já teve.

— Bom levando em consideração que eu nunca estive noiva…

— Viu? Conteste que não será o melhor… - Falo a beijando. ”

Balanço a cabeça sorrindo para parede, aquele apartamento era cheio de recordações, talvez não fosse a hora de vendê -lo.

Vou ao cemitério e agora sem todo aquele circo armado, finalmente posso me despedir do meu pai, choro por um bom tempo e peço perdão a ele por todas as vezes que o magoei. Deixo a bola no seu mausoléu e depois vou ao túmulo da Carol, deixo flores e falo um pouco com ela. Antes de ir converso com o recepcionista que informa que as flores no túmulo de Carolina sao entregues por uma floricultura uma vez por mês, mas não sabe dizer que contratou o serviço.

Minha vida em pequenas Escalas  [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora