Full House

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Full House

Passaram- se três dias desde a minha chegada em Roma, já não tinha certeza de que tinha feito a escolha certa. Emma estava deixando Derek doido, embora ele não tenha dito uma só palavra, eu podia notar que as madrugadas em claro, devido ao choro constante da minha viking, estava o deixando demasiadamente cansado. Isso sem contar que sentia que minha presença, poderia estar atrapalhando o lance dele com a Vick, ela parecia não ter gostado muito de mim. E talvez eu tenha sido um pouco grosseiro com a "moça", mas vamos concordar, todos esses anos nesse rolo com o tal de Thomas, e de alguma forma sempre alimentando as esperanças do Derek, não era algo muito legal de se fazer. Certo?

- Bom dia! Olha só, Emma e eu saímos hoje e compramos comida para vocês. Para nos desculpar da falta de sono que vocês tem passado. - Falo enquanto disponho os pratos na mesa.

- Eu tô um pouco enjoada, acho que vou dormir. - Vick fala, já saindo da sala.

- Ela não gosta de mim. Olha só, estou tentando ser legal, comprei até Canelones.

- Você não devia ter dito aquelas coisas para ela. Sim eu gosto dela, mas somos amigos, antes de qualquer coisa e eu seria um idiota se quisesse cobrar amor, pela nossa amizade.

- É por isso que eu digo que você é o gêmeo bom. - Falo. _ Ah mudando de assunto, eu preciso que você fique com a Emma, qualquer hora. Tenho que arranjar um emprego, uma creche para ela e um apartamento.

- Apartamento? Porque? Achei que iam ficar aqui comigo. - Questiona intrigado.

- Ah meu querido irmão, se tem uma coisa que sei sobre filhos, é que eles são como puns, sabe fratulências? Você só atura o seu! Ou o da garota que você tá tentando pegar, no seu caso. - Digo e Derek se entrega a uma gargalhada.

- É serio, eu sei que estou reclamando de sono e tal, mas entendo que ela ê um bebê e que bebês choram, logo essa faze passa e tudo fica bem.

- Estou esperando por isso há cinco meses, então não tenha muitas esperanças. De qualquer forma eu quero um lugar para gente, mais privacidade para vocês e para nós também.

- Essa casa é grande, tem espaço para todos. - Insiste ele.

- Ainda vou ficar um tempo, preciso de um emprego esqueceu? Ou talvez passe a vida sendo irmão mala sustentado pelo gêmeo bem sucedido. Ainda estamos decidindo, não é Emma? Vovô provavelmente já nos deserdou por termos fugido, ainda bem que você tem um tio rico. - Falo voltando o olhar para emma no carrinho de bebês que compramos durante a tarde.

No sábado, visto um dos ternos do Derek e vou em busca de emprego, na verdade isso era uma novidade para mim, afinal, no Canadá, ser o herdeiro das imobiliárias Jonhson, me fizeram receber muitas propostas, antes mesmo de chegar no segundo semestre da faculdade.

Em Roma, eu era apena um imigrante desempregado, com uma filha pequena para criar. Ah claro isso com um pouco de marketing significa:

Empreendedor estrangeiro autônomo, buscando oportunidades de crescimento profissional, enquanto investe no desenvolvimento pessoal da próxima geração.

Bonito não é mesmo?

Depois de visitar diversas empresas, as quais deixei meu curriculum profissional, sem muitas esperanças de receber alguma resposta. Volto para casa e me deparei com uma bela cena.

Derek levantava Emma para o alto e ela ria, enquanto Vick também sorria feliz, e seu ventre já denunciava claramente a gravidez. No entorno deles havia aquela áurea de comercial de margarina o qual sempre admirei e invejei. Fico uns instantes do lado de fora, olhando pela janela, saboreando um momento que eu sonhei ter, mas que foi arrancado de mim quando Carolina se foi. Meus olhos se enchem de lágrimas e eu me esforço ao máximo para evitar que rolem pelo meu rosto. Desde que a Carolina morreu descobri que eu era um chorão, me entregar ao pranto parecia ter se tornado uma rotina, mesmo nos dias de alegria que Emma me proporciona.

Minha vida em pequenas Escalas  [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora