Capítulo 1 - Destiny

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Lauren

Já se passaram dois meses desde que iniciei meus estudos na NJCU. Esse período foi algo indescritível. Tanto para aprender, observar, explorar. Minha mente entrou em frenesi desde que coloquei os pés naquele avião – não me esquecendo de adicionar ao meu "portfólio mental de memórias inesquecíveis", já que aquela foi a primeira vez que voei – a sensação é que eu estou vivendo em um caleidoscópio gigante.

Nunca tinha saído de Miami, e a sensação de estar em um lugar novo e tão incrível, como descobri que é Nova Jersey, despertou ainda mais o meu lado criativo. As aulas estão sendo tudo aquilo que eu esperei e um pouco mais. Estar rodeada de pessoas com visões diferentes da minha é um aprendizado a cada exposição de ideias.

Inovar sem deixar a essência de lado é importante, pois acredito que a evolução vem a partir daí. Devemos tratar o conhecimento como uma ferramenta de compartilhamento. E o corpo docente da NJCU mantém essa proposta como algo consistente na mente dos estudantes.

A carga horária e disciplinas que temos que cursar para concluir o curso a tempo é bastante extensa. O meu diploma constará como Bacharel de Belas Artes em Desenho e Pintura, que é a minha maior paixão dentre o leque de opções que as Artes Visuais contempla.

O cansaço não foi empecilho para a minha ânsia de conhecer Nova York. E o que eu posso dizer desse lugar? Intenso! Sim essa é a melhor definição para essa cidade alicerçada de sonhos.

Aconteceu no final de semana que precedeu minha chegada à Nova Jersey. Minha colega de quarto, Allyson Brooke, que descobri ser uma apaixonada pela vida e tudo ao seu derredor, assim como eu, também tinha o sonho de conhecer a cidade que nunca dorme.

Na primeira semana Ally e eu logo nos conectamos. A garota de estatura baixa e cabelos dourados com ondulações, é simplesmente cativante. Sua alma é leve, isso se transpõe através dos olhos e sorriso meigo. Sua paixão pela arte sobressaia quando o assunto é fotografia, fica evidente quando a mesma fala sobre o assunto e não desgruda de sua fiel companheira: a câmera fotográfica.

Os programas que compõe o departamento de Artes da Universidade são amplos, mas a proximidade que o ambiente propicia entre as áreas de estudo acaba que por unir os alunos, foi dessa forma que em uma disciplina em comum (História da Arte), conhecemos Normani Kordei e sua colega de quarto, Keana Issartel. As duas tinham o sonho de viver da dança, e assim como Ally e eu, tornaram-se amigas desde o primeiro momento.

Assim formamos o "quarteto fantástico", apelido que alguns calouros conhecidos passaram a se referir a nós. O sentido é totalmente libertino, porém desdenhamos e resolvemos tomar como um elogio, pois somos mulheres fortes e destemidas.

Voltando ao assunto Nova York... Tiramos o primeiro sábado aqui na NJCU para fazer uma excursão por conta própria. Já que a distância é ínfima, nada nos impediu. Naquele momento eu gostaria de ter pelo menos cem pares de olhos, porque só com um não foi uma tarefa fácil querer capturar cada detalhe daquela cidade.

Os olhos que captam os momentos vividos e em uma conexão direta com o cérebro e o coração, pode ou não acontecer um equilíbrio, tudo vai depender do que está diante de nós. Pode ser que seja algo que faz nosso coração ter mais vontade de abraçar do que o cérebro, e vice versa.

Naquele dia, minha mente buscava lembrar-se dos detalhes de pesquisas e estudo sobre a cidade para unir-se a sensação do que estava diante de mim. Posso assegurar que meu cérebro estava um pouco lento, o que fez que tudo que conseguimos visitar fosse visto pelos olhos do coração.

A imensidão de atrações que a cidade oferece impossibilita que em apenas um dia possamos destrinchar cada pedacinho seu. Nossa primeira parada foi à famosa Times Square, onde gastamos um tempo considerável distraídas com tantas pessoas de diferentes culturas e a imensidão e variedade de letreiros espalhados pelo lugar. Resolvemos que nosso dia pedia um delicioso hambúrguer, e nossa escolha foi na rede de lojas, Shake Shack, localizada no Grand Central Terminal, o que rendeu mais tempo apreciando a beleza do terminal ferroviário e metroviário de Manhattan. Depois seguimos para o Central Park, e não podíamos finalizar o dia sem visitar um dos diversos museus da cidade, e o escolhido foi um próximo ao Central Park, The Museum of Modern Art (MoMa).

MerakiWhere stories live. Discover now