Conscientemente eu pensava, vai com calma Noah, seja um pouco Derek, mas depois de meses na “seca” o amiguinho lá embaixo não pensava a mesma coisa. E minutos mais tarde, estávamos despindo um ao outro.
— Você é linda. - Digo ao admirar a bela lingerie vermelha contrastada com sua pele clara, quando ouço o choro retumbante de Emma.
— É melhor eu ir ver. - Digo levantando e ela me empurra de volta para cama.
— Eu li numa revista que precisa deixar os bebês chorarem, eles desistem e dormem. Se atender, eles usam o choro como forma de manipulação. - Ela diz beijando meu pescoço e eu a empurro pro lado.
— Talvez isso se aplique pros bebês comuns. - Digo levantando e vestindo minha calça. _ A Emma vai chorar até os pulmões derreterem e quando isso acontecer, ela vai continuar chorando. - Digo saindo pela porta.
Quando retorno a sala, Emma está desesperada olhando pros lados assustada. A pego nos braços e a conforto sob meu peito até que se acalme. Minutos mais tarde Karen aparece na sala usando a minha camisa com os cabelos soltos.
— Ela já dormiu?
— Não acho que ela vá dormir tão cedo. - Respondo vendo que ela estava com os olhos espertos.
— Bom eu tenho um comprimido para dormir, minha irmã dava ¼ deles pros meus sobrinhos e eles dormiam a noite toda. - Ela diz insinuante.
— Você tá zoando né? Não tá sugerindo para mim drogar meu bebê, está? - Falo já irritado com a sugestão dela.
— Não, claro que não é só para ajudar ela a dormir, você vive reclamando que não dorme, que não te deixa fazer nada. Minha irmã dava pros meus sobrinhos, é seguro. Noah, eu sei que você tá louco para voltar para aquele quarto. - Ela fala de um jeito provocante. A miro decepcionado, não que eu estivesse procurando por alguém, mas quando acontecesse e se acontecesse, esse alguém teria de ser tão bom para Emma, quanto fosse para mim, lembro de algo que Carolina sempre falava na gravidez:
“ Temos um bebê agora, nada é mais sobre nós, de agora em diante é sempre sobre ele e para ele, antes de qualquer coisa”
— Que? Noah, desculpa eu não quis te ofender eu só queria ajudar. Você tá sempre tão cansado e estressado, precisa relaxar às vezes, se divertir ou vai acabar pirando.
— Olha karen você é linda e inteligente, mas eu já percebi que não gosta de crianças, e não tem problema, você tem esse direito eu mesmo não sou muito fã da maioria delas, mas eu sou pai e eu posso ser um imbecil, mas não sou sou sacana o suficiente para não me importar com a minha filha. Desculpa.
— Ah. Eu gosto de crianças, nossa só porque eu não fico fazendo caretas ou pegando no colo a cada cinco minutos não significa que não goste, você é pai e eu entendo e respeito isso. Me desculpa, foi uma ideia idiota.
— Não, tudo bem você é solteira sem responsabilidades, sou eu que tenho de saber o que é ou não bom pro meu bebê. Bom, pode me dar minha camisa? Preciso ir para casa.
Pego um táxi e volto para casa. Uma parte de mim se sentia aliviado na verdade, karen era uma garota legal, mas não para mim, e muito menos para Emma. E isso agora estava mais claro que nunca. Minha baixinha dorme o caminho todo, até despertar quando finalmente a coloco no berço.
— Tá me zoando né? - Digo vendo ela se levantar, segurando a grade. Ela me encara e fala em alto e bom tom:
— Pa - pai. - E eu sinto meu peito acelerar, pego o celular e coloco para gravar.
— Fala de novo filha, fala papai, fala. - Digo emocionado com um garoto que ganhou seu primeiro playstation.
— Bunda! - Ela fala.
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Minha vida em pequenas Escalas [COMPLETO]
General FictionNoah e Carolina formavam um casal jovem e cheio de alegria, prontos para embarcar na jornada da paternidade. Apesar das dúvidas e inseguranças de Noah em relação à gravidez, seu amor incondicional por Carolina o levou a apoiá-la de todas as formas p...
Muita alegria, pouca Diversão
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