Viagem e instalações

Começar do início
                                    

Mas mais ou mens uma semana antes, Félix deixou de se portar daquela maneira. Adrien continuava desconfiado, mas quando visitava a Mari, como Chat, esta dizia-lhe que talvez devesse deixar de estar desconfiado. Por fim, Adrien decidiu acalmar-se. Era o seu primeiro passeio e ele queria poder aproveitá-lo com os amigos. E especialmente... Com a Mari.

Pov. Adrien

Finalmente tinha chegado dia do passeio. Eu e a Mari estavamos prontos. Tínhamos feito as listas em conjunto e combinado seias secretas com o Nino e com a Alya. Ia ser tudo perfeito.

O Félix também estava preparado e perguntou mais uma vez à Mari se ela queria ser o par dele. Ela respondeu que não e que já tinha um par, que por acaso era eu e ele reagiu de uma maneira que eu nunca o tinha visto a reagir quando era contrariado. Com calma, ele aceitou o que ela disse.

Ambos ficámos espantados e ele fitou-nos com um olhar duvidoso. Parecia que ele estava mesmo a mudar.

Desde que eu mudei, acredito que todas as pessoas consigam mudar, mesmo as piores pessoas. Por exemplo, eu acredito que a Chloe possa ainda vir a mudar, um dia.

O meu pai fez questão de nos levar à escola de limusine e ficar a ver-nos partir. Esta foi outra atitude que eu nunca esperaria dele. Tudo graças à Mari, a meu ver.

Quando conseguimos entrar por fim no autocarro, assegurámo-nos de que íamos num bom lugar. A viagem desde Paris até Barcelona era bem grande. Aproximadamente, 1038 quilómetros.

Nós tínhamos trazido dinheiro suficiente para comprar uma mansão, pois o pai nos obrigara, mas apesar disso e das preocupações ao transportá-lo, eu estava feliz. Era a minha primeira viagem sem o meu pai. Para mim, isto era um novo começo.

Quando todos os nossos colegas já tinham chegado, o autocarro partiu. Dissemos adeus ao meu pai e ficámos oficialmente de férias de sessões de fotos.

-Então Mari? Vai ser quase um dia de viagem, o que queres fazer até chegarmos?

-Hum... Não sei. Talvez devessemos dormir uma sesta. –sugeriu ela, bocejando. Eu ontem tinha-me excedido. Devia ter ficado lá menos tempo.

-Não queres ver um filme? – ela olhou para mim como para quem olha para uma criança.

-E como é que vais ver um filme? –disse ela semicerrnado os olhos em forma de ameaça.

-Aqui. –eu retirei o meu computador portátil da mala e ela compreendeu por fim, desfazendo o seu olhar de desconfiança.

-E o que é que podemos ver?- perguntou ela, ansiosa. É engraçado como o humor dela muda tão depressa.

-Não sei, de que género de filme gostas?

-Hum... ação, terror, aventura...

-Eu também gosto muito desse género.- disse eu a mentir. Na verdade, eu odeio filmes de terror, mas se quero que a Marinette volte a gostar de mim tenho de lhe dar muitos motivos para isso.

-Então podemos ver um filme de terror?- perguntou ela enquanto dava um pulinho de felicidade no seu banco.

-Claro. –respondi meio aborrecido. – Qual queres? –perguntei, mostrando-lhe os que tinha no meu portátil.

-Pode ser este.- disse ela, e apontou para o mais assustador deles todos.

-Hum... Está bem.- disse eu, meio hesitante.

-Adrien, não me digas que estás com medo. – disse ela a brincar comigo.

-Eu...Medo? Nem pensar.

Reviravoltas amorosasOnde histórias criam vida. Descubra agora