Muito mais que uma carta de amor

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No último capítulo...

"Notícia de última hora:

Como muitos sabem, hoje houve um ataque de um akumatizado à escola mais famosa de Paris. O colégio François Dupond.

Depois de vários alunos nos terem confirmado que as janelas e portas estavam completamente fechadas, constatámos um facto. A heroína Ladybug não pôde entrar, daí, ela já estava lá dentro. Atenção senhoras e senhores. A nossa tão amada heroína é uma aluna deste colégio. A Ladybug é uma aluna entre os 13 e os 16 anos."

(...)

-Marinette, Marinette. Tu vais ser minha! Custe o que custar!

Dito isto, ele saiu do quarto e fechou a porta com força. Eu sabia que o que ele tinha dito era verdade. "Custe o que custar!" Essas palavras não me saiam da cabeça. Sempre que ele dizia esta frase, já tinha algo planeado.

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Pov. Adrien

Eu mal podia acreditar que a Ladybug é do meu colégio. É como se... eu tivesse sido enganado este tempo todo.

A Ladybug sempre foi o meu amor e... A quem é que eu estou a tentar enganar? Por mais que quisesse, a Ladybug já não me faz sentir nada. Eu já não sinto nada por ela, só amizade.

Mas a Mari... Oh, a doce Mari. Quem me dera que ela sentisse o mesmo por mim.

Mas por agora, tenho de agir apenas como amigo para ela. Eu não quero que ela se volte a zangar comigo. Tenho de ser como, ahm, o seu porto de abrigo. É isso!

Saí da casa de banho com uma nova força para enfrentar a tempestade que aí vinha, mas deparei-me como uma Marinette pensativa e preocupada. O oposto da que tinha deixado para trás ainda há menos de cinco minutos.

-Mari,está tudo bem? –perguntei olhando os seus lindos olhos azuis.

-Claro que está, porquê a pergunta? – perguntou ela, com um ar ainda preocupado, mas disfarçado.

-Parecias preocupada. Só isso.

-Não, estava apenas a pensar.

-Posso saber em que estavas a pensar? –perguntei. Será que ela ia ser sincera comigo?

-Ahm... Estava a pensar na Ladybug. Se já sabem de que escola ela é, então é claro que o Hawk Moth vai atrás dela. Já imaginaste o nosso mundo sem a Ladybug?

-Não, mas esse mundo não existe nem nunca existirá.

Deparei-me com a Mari a olhar-me nos olhos e a sorrir. Parecia que era um sorriso de agradecimento, mas de que poderia ela agradecer-me?

-O que queres fazer agora?

-Eu não sei. Será que... Ah, deixa lá isso.

-Será que o quê? –perguntei-lhe de volta. Nenhuma ideia que ela possa ter pode ser desperdiçada.

-Podíamos ver as cartas de S. Valentim que te enviaram em fevereiro. Pode haver lá alguma coisa que nos faça rir e distrair do que aconteceu hoje de manhã.

Eu fiquei um pouco embaraçado no momento, mas acabei por ceder. Afinal, a Mari é a Mari. Quem lhe resiste?

-Está bem, mas sobre a condição de que não vais rir-te de mim. As cartas podem ter algo de humilhante ou de embaraçoso.

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