- Está tudo bem? - o olho e limpo as lágrimas secas na bochecha.
- Eu tenho que ir. - ele faz careta.
- Ah, tudo bem.
- Eu vou sair com o Axel, é uma coisa que fazemos todo mês. - sorrio e assinto, ele se levanta e olha para mim, então pensa por um segundo e finaliza - Se você quiser, pode ir com nós dois. - o meu sorriso aumenta.
- Eu quero.
- Estou no carro de um primo, nós vamos só devolver e buscamos Axel a pé.
- Está bem.
- Ah, você vai conhecer a minha família.
- O quê?
Entro dentro do carro e olho para Owen, que me esperava trocar de roupa.
- Oi. - engulo as outras palavras que quase saem automaticamente.
- Oi, você não está com frio? - diz, se referindo à minha regata e saia levemente rodada.
- Sim, um pouco, e você?
- Você quer a minha blusa de frio?
- Em sábados eu não uso roupas de manga longa. - ele franze o cenho e pensa por alguns segundos
- Mas você... - Owen se interrompe e pensa outra vez - Você ficou bonita assim. - dá a partida no carro depois de me dizer para colocar o cinto de segurança e conferir se o fiz da forma correta.
- Eu não acho, e também não acho que você fosse dizer isso antes de parar e pensar.
- Como assim?
- Você começou com "mas", e isso quer dizer oposição. - ele ergue uma sobrancelha.
- Eu ia dizer que você estava de moletom na sua casa.
- É porque ninguém viu, ninguém vê as roupas que uso em casa.
- Eu vi. - droga, ele me viu de moletom num sábado.
- Tem razão...
Passamos alguns minutos em silêncio até que o carro pare outra vez e cheguemos em frente ao nosso destino.
Descemos do carro e enquanto Owen vem em minha direção, ele tira a sua blusa de frio e a joga no ombro.
- Também não vou usar manga longa em sábados.
Eu sorrio, mas ainda não me sinto tranquilizada quanto ao que ele viu.
- Mas porque fazemos isso? - ele pergunta no caminho que trilhamos até a entrada da casa grande.
Na rua estão carros enfileirados e, espalhadas na grama que cobre o quintal, mesas coloridas com pratos de plástico usados em cima. Em um canto do jardim, há uma churrasqueira acesa e algumas pessoas sentadas ao seu redor conversando e rindo. Elas nos cumprimentam quando passamos e é impossível não reparar que quase todas as treze têm cabelos escuros e sorrisos parecidos. Algumas crianças correm no quintal e brincam, também com cabelos castanhos iguais os do homem ao meu lado.
Owen abre a port principal e automaticamente vejo várias pessoas espalhadas pela sala espaçosa, jogadas nos sofás ou no chão. A minha irmã está parada no meio delas movimentando os braços para cima e para baixo, mas para assim que me vê e sorri grande.
Há por volta de quinze pessoas que estavam olhando para Alyson, mas todas me encaram curiosamente e sorriem de forma estranha. Dou um passo para o lado e fico o mais perto possível de Owen, olhando fixamente para a minha irmã e não querendo passar vergonha.
YOU ARE READING
Asp. - Hiatus
RomantikusVocê é o som da minha canção, é a calma dos seus braços, a dor das minhas feridas. Você é o meu sol. Seja o meu sol e eu serei a sua lua. Seja o meu eterno efêmero abraço. "O corpo é um caminho: ponte, e neste efêmero abraço busco transpor o abismo...
Capítulo 22
Start from the beginning