Trilogia Fatal - Furacão ( Livro 02 - COMPLETO)

Capítulo 02

2 semanas depois...

Depois de uma bateria de exames, confusões mentais, espasmos e muita dor de cabeça. Eu estava apta para continuar parte do tratamento. Hoje eu começaria o tratamento para a volta dos movimentos. Consegui abrir a boca e isso foi bom, tentei falar algumas vezes, mas falhei. Consegui me lembrar da mulher loira, era Kate minha amiga de escola, mas o homem ainda não sei quem é, mas ele deve ser importante, pois está me ajudando em tudo e me observava como um pai observa um filho doente. Daniel, era o seu nome, mas ele não estava aqui agora, Kate me falou que ele tinha de trabalhar e só iria me ver de noite. Estava um pouco nervosa por causa da fisioterapia, mas sabia que logo iria passar. Kate abriu a porta e apareceu com um café em suas mãos.

- Olá novamente Colleen, não demorei muito, demorei? - perguntou ela tirando seu casaco creme e pendurando ele sobre o sofá. - Bom, eu fui em casa, tomei banho e voltei correndo para cá, o Daniel saiu hoje cedinho antes de você acordar, mas como eu disse pra você, ele tem as obrigações dele, mas logo ele está aqui.- ela se sentou do meu lado e bebeu um gole de seu café, nesse momento a porta se abriu.

- Não demorei muito, certo? - disse uma mulher ruiva e robusta. - Meu nome é Lorena e serei sua fisioterapeuta, a pedidos do dr. Wright Coleman. – ela sorriu e voltou a falar. - Vamos lá Colleen. - ela se aproximou da cama e arrumou ela para eu poder me levantar.

Foi cansativo, pensei que tinha perdido todos os movimentos dos braços, mas, por fim, consegui esticá-los e então fiz uma série de exercícios para movimentar eles. Depois, fiz exercícios com as pernas, o que foi muito dolorido e esgotante.

No final do dia, eu me sentia melhor, mas ainda sentia muito cansaço. Estava deitada na cama e meus olhos estavam ficando pesados, foi quando escutei a porta do quarto abrir.

- Cheguei tarde, me desculpa. - era a voz do homem, ele devia estar falando com Kate que assistia atenta a televisão.

- Ah tudo bem Daniel, não tem problemas, a Colleen está quase dormindo, ela está muito cansada. - Kate disse, não vi sua expressão por que havia fechado os olhos.

- Ela teve fisioterapia hoje? - o homem voltou a perguntar.

- Sim, ela foi até bem, conseguiu levantar os braços e as pernas.

- A dr. Lorena é ótima, a Colleen está em boas mãos, ela é uma ótima fisioterapeuta.

- Eu vou embora Daniel, amanhã cedo eu estou de volta. – Kate disse por fim.

- Tudo bem, eu vou ficar de plantão essa noite, tenho que observar um paciente, eu venho checar a Colleen de horas em horas. - então o homem estranho era médico? Ele então devia ser meu médico.

- Serio? Você está de plantão? Mas você não trabalhou o dia inteiro? - Kate parecia indignada.

- Estava em um pronto-socorro, tinha uma cirurgia de emergência e aqui no hospital preciso ficar de plantão, mas logo isso deve acabar. Ando terrivelmente cansado.

- Entendo, pensei que fosse descansar, eu posso ficar com a Colleen essa noite se quiser.

- Não Kate, pode ir pra casa, a Colleen ficará bem, eu olharei ela, pode ficar tranquila.

- Tudo bem então, até amanhã. - Kate se despediu e então eu ouvi a porta batendo, depois disso peguei no sono.

Outra semana se passava e eu continuava pressa no hospital, mas agora eu estava melhor, a fisioterapia me ajudou a voltar a mexer com os braços e as pernas, já não sentia tanta dificuldade para se mexer. Consegui começar a falar, mesmo não conseguindo me expressar do jeito certo, mas vem sendo um grande começo. Eu ficaria no hospital só mais essa semana, por que o médico disse que até o final de semana eu estaria falando perfeitamente. Ele disse isso, mas eu não sei, já mordi a linguá várias vezes e está sendo difícil.

Essa tarde tenho fisioterapia, levantei da cama e fui até o banheiro, tentei arrumar o meu cabelo que estava curto como de um menino, quando descobri que o meu cabelo estava curto, tomei um choque, mas já me acostumei e não estava tão feio. Vinha sempre no banheiro ver a cicatriz da cirurgia, ver o que todo mal que sofri me causou, mas eu havia sobrevivido e isso já estava bom.