CINQUENTA DOIS

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Seis anos depois

As luzes brilharam iluminando o palco. Dean passou por algumas pessoas puxando Castiel pela mão e se sentando na primeira fileira do local. Eles sorriram um para o outro. Estava lotado hoje. Bem lotado, inclusive haviam algumas pessoas em pé.

— Você viu meu irmão? – sussurrou Dean tocando de leve na mão dele e curvando-se para seu ouvido.

— Sabe como é Sam. Sempre sumindo... Última vez que o vi ele estava conversando com Eileen numa cafeteria. – Castiel se aconchegou mais na cadeira segurando um papel com os horários das apresentações que iam ocorrer.

— As vezes acho que Samuel é mais perdido do que eu era antes de te encontrar. Se lembra da não-queda que ele tinha no seu irmão? Lúcifer dizia que era totalmente hétero e macho-alfa – Dean observou Cas abrir o papel. Faltava menos de meia hora para as dez. Horário que o show começaria.

 — Oh! Como esquecer? – Cas apertou o braço dele entusiasmado ao lembrar desse assunto. Sam e Lúcifer eram simplesmente o casal preferido dele. –  Lúcifer passou um ano enchendo meu saco e ainda sim fingia que não sentia nada por ele. Ficava me ligando e perguntando por Sam toda hora e quando eu falava "Você ainda gosta dele?" ele inventava que tinha que ir treinar ou algo do tipo. Lúcifer era mil vezes pior que eu.

Eles riram. O tempo tinha passado mais rápido do que eles imaginavam e muita coisa tinha acontecido. 

  — Já eu tive certeza que estava apaixonado por você desde o primeiro momento!

— Seu mentiroso! – brincou empurrando o corpo dele para longe. Cas sabia que era um elogio, porém mesmo depois de anos, ainda assim era estranho quando Dean tentava voltar a lhe cantar como se o estivesse o vendo pela primeira vez. Como se eles fossem os adolescentes que se conheceram no ensino médio.

Era sempre assim entre eles.

Depois que Cas se formou, trabalharam muito num projeto juntos. Um dos vários. Um deles era um livro sobre as experiências que aconteceram em suas vidas,  principalmente devido ao acidente de Dean. Cas cuidou da parte da ilustração. Quando o livro foi finalmente aceito e publicado, ele enviou uma cópia a sua família e aos pais de Dean.

Talvez não obtivesse resposta visto que haviam ficado distantes dos filhos há anos. Tudo se resumia há alguns telefonemas de Mary, ela parecia ser mais compreensiva que John.

Ele nem foi ao casamento.

Mary mandou um vaso de flores azuis e uma carta para Dean no dia. Castiel nunca leu aquela carta pois o Winchester a queimou.

Sim, queimou.

— Não preciso viver do passado. – ele disse naquele dia.

E o garoto não ousou o interrogar.

Anos depois do casamento. Eles voltaram a sua antiga cidade onde haviam se conhecido.

E o segundo projeto deu início.

O teatro de Pamela renasceu. O dinheiro que conseguiram com a venda dos livros contribuiu em grande parte com a reforma. Foi uma grande vitória quando direto dos escombros e restos foi reerguido um novo e bonito teatro.

Teatro Barnes. Em homenagem ao sobrenome de solteira da mãe dele. Estava tão magnífico, bem melhor do que um dia ele pudesse sonhar. Castiel agradeceu a si próprio por ter tido essa ideia. 

— Mamãe ficaria orgulhosa. – disse para Miguel assim que o irmão sentou ao seu lado esquerdo, estando Dean do direito. O irmão o abraçou animado.

You can be my cure (Destiel) || CORREÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora