QUATORZE

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Os efeitos de drogas no organismo nunca levaram as pessoas a realizem feitos orgulhosos. O irmão de Dean apenas teve a má sorte de ser fraco e de ser levado para esse lado. Esse era um dos motivos de ele ter se mudado para Londres, para estar longe de Ruby, para estar longe de quem o mandou para o caminho da perdição.

Mas sabe como são as pessoas que não querem ser ajudadas. Elas são egoístas. Elas buscam o que querem nos mais profundos lugares, saem em busca até no esgoto se for preciso e não foi diferente com Sam.

- Eu entendi a parte das drogas, só não entendi a parte de você se machucar... - Cas sentou na grama, seus olhos curiosos analisando Dean, buscando de alguma forma ler suas expressões.

- Digamos que eu peguei ele aplicando heroína na própria veia na Kombi. - A voz dele saia feroz. Já devia ter usado esse mesmo tom com seu irmão. - E não deixei barato e ele também revidou.

Isso explica tudo.

- Talvez ele precise de ajuda. Heroína vicia.

Dean bufou passando sua blusa sobre a cabeça e envolvendo os braços sobre as pernas agora dobradas próximo de seu corpo.

- Meus pais já tentaram ajudar Sammy. Duas vezes. Ele chegou a ir numa clínica em Londres, passou um tempo lá e saiu curado, segundo ele.

Cas ponderou por um tempo se devia continuar falando sobre o assunto. Dean não parecia bem com isso.

- Ele já voltou?

- Já, pegou um avião ontem.

- Eu queria ter falado com ele.

Dean deu de ombros. Aquilo tudo deixava Cas cético. Como pode uma pessoa que tem dinheiro, o melhor tratamento, uma vida boa, não querer ser ajudada? Dinheiro não é problema para Dean e com certeza não é para Sam também.

- Não que você falando com ele fosse consertar alguma coisa. Talvez Sam esteja num caminho sem volta... - sua voz estava marejada. Dean encostou o queixo sobre os braços observando o lago ao lado da ponte que havia construído.

- Ei, ei... Esquecer os problemas, se lembra? Vamos mudar de assunto. - entoou Castiel afagando a cabeça dele e curvando a sua de lado para o encarar melhor. - Quer gravar o filme?

- Se tiver cenas tão boas quanto seu boquete...

Ele sorriu molhando os lábios com a língua fazendo Castiel travar. A sensação de incômodo por entre as pernas do garoto bem em seu membro voltou. Cas juntou mais as pernas pressionando imperceptivelmente de leve elas seu pau, aquilo era demais para ele que ainda sentia um gosto diferente na boca... Gosto de Dean.

- Não está cansado? - perguntou Castiel.

- Cansado? Você não viu nada ainda, Cas.

Ambos se levantaram indo para mais longe, para a clareira. O local continuava a mesma coisa de quando Cas viu pela ultima vez. Dean colocou sua mochila em um canto e retirou um livro entregando-o a ele.

- Esse aqui é o seu. É bom começar a ler, desculpa ter demorado para conseguir um pra você.

- O que vamos gravar hoje?

- Abre ai na pagina para sortear. - Cas folheou rapidamente até o dedo parar em uma página nova.

"Fantasma"

Por algum motivo Cas tremeu. Ele lembrou da vez quando estava gravando com Dean outra cena e as árvores e o ambiente ficaram bem sinistros. Querendo ou não o local onde eles estavam era abandonado.

Não que a casa de Dean também não tivesse um passado estranho, mas lá no purgatório ninguém sabia de quem era aquela coisas.

- Como se matam fantasmas?

You can be my cure (Destiel) || CORREÇÃODove le storie prendono vita. Scoprilo ora