VINTE DOIS

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Dean se levantou saindo de cima de Cas.

As costas cobertas de suor fazendo de certo modo um brilho molhado pairar sobre elas devido ao sol que já começava a atravessar a janela do impala. Cas ainda estava deitado nu sobre o banco. Olhando para a covinha que separava cada lado das costas de Dean. Os sinais em sua pele perdidos ou talvez esquecidos, os ossos de sua coluna vertebral que apareciam vagamente sobre sua pele quando ele se curvava e as gotas de suor que deslizavam de modo convidativo se perdendo próximo de sua região lombar.

Dean ainda girou o pescoço para frente e para trás em um alongamento precário.

Ele era tão bonito.

— Você vai se vestir? – Perguntou passando a blusa pela cabeça ainda de costas para Cas, cobrindo assim os machucados presentes em seu corpo e molhando de suor parte dela.

— Vou. Eu vou ter que te levar, não é mesmo?

— Dessa vez eu posso ir andando. Só preciso me apoiar em você.

Dean se virou passando os olhos dos pés dele até a cabeça, deixando-os vaguearem um tempo a mais sobre seu membro agora entorpecido. Castiel estava adorando aquela atenção, abriu um pouco as pernas quase sem perceber para que o garoto mordesse os lábios devido a visão a sua frente. Dean o achava lindo, ao menos ele, porque até o próprio Cas não conseguia acreditar que era tão bonito assim, era uma coisa tão...

Incrível.

— Eu podia ficar o dia todo aqui, sabia? - ele traçou a mão sobre a parte interna das coxas de Castiel, acariciando próximo de seu pau, os dedos se esticando para tocar de leve, quase como se testasse sua vontade para um segundo round – Fazendo amor com você. Ouvindo você chamar meu nome enquanto te penetro. Uma, duas, três, quatro vezes...

A voz dele saia de forma tão oscilante que Cas tremeu em resposta, seu membro latejando as semi carícias dele, mas engoliu a vontade como quem engole um remédio ruím.

Tinham que voltar.

— Quando seus pais chamarem a guarda costeira, FBI, CIA e quem mais puder e perguntarem por que não voltei no mesmo dia que te achei. O que eu digo?

— Diga a verdade. "Estava transando com meu namorado, algum problema?"

— Claro, claro. – Cas riu ajustando o corpo e forcando-se a sentar no banco. – A gente não vive só de sexo, Dean. Você precisa comer alguma coisa e não alguém.

Dean gargalhou abrindo a porta do impala se aconchegando na beirada, sentindo o vento leve bater em seu rosto.

Estava muito abafado lá dentro.

Clima louco. Chove, porém só basta ela passar que o calor volta. Ao menos ventava.

Castiel catou todas as suas roupas e as vestiu de volta. Ainda tinha uma sensação engraçada bem no meio das pernas. Era um tipo de agonia boa.

Dean passou o braço sobre seu ombro pousando o pé direito sobre o chão enquanto o esquerdo se mantinha a centímetros no ar. Caminharam e pausaram diversas vezes para que Dean respirasse e recuperasse as forças.

Até que finalmente chegaram no jardim entre as duas casas. Havia cerca de dois carros da polícia e uma ambulância quase prontos para sair dali, Mary conversava com um deles, seus olhos avermelhados indicavam que ela estava chorando.

Assim que viu Dean e Castiel, derrubou a xícara do que tomava no chão e correu para eles. Tirou abruptamente seu filho de Cas e o abraçou forte.

— Graças a Deus, está bem! Graças a Deus. Eu rezei tanto. – ela beijou a bochecha do filho e segurou seu rosto com ambas as mãos.

Dean estava se controlando para não gritar de dor. Castiel até pôs a mão no ombro dela de leve para alertá-la.

You can be my cure (Destiel) || CORREÇÃOWhere stories live. Discover now