CINQUENTA

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Dean mexeu sua mão enquanto Castiel se sentava ao seu lado. Ele a abriu vagarosamente com a palma virada para cima esperando que o outro depositasse a sua lá. Os dedos de ambos se fundiram.

Era tão bom sentir sua pele novamente.

Era um sentimento indescritível, uma onda calorosa. Era tão argh-

— Não chore, babe. – Dean grunhiu apertando mais a mão de Cas – Eu estou bem. Em alguns meses poderei até levantar você no colo.

— Estúpido. Idiota. – Cas exclamou enquanto sua mão saia da dele e passava por seus braços expostos. Dean virou de lado e fechou os olhos sentindo o indicador do garoto acompanhar toda a extensão do cotovelo até subir para sua clavícula. Arrepiava um pouco, mas era bom.

— Sabe – Dean iniciou meio grogue sem se mexer aos toques do outro –Não houve um dia que eu não rezei por você, Castiel Shurley. Para que não tivesse feito nada pensando que eu estivesse morto. Eu acho que rezei tanto que fiquei rouco.

— Eu cheguei a acreditar que ia ter um filho seu, sabia? – Cas respondeu rindo se aproximando mais. Os rostos quase se tocando – Você bagunça minha mente estando longe ou perto, Dean Winchester.

O sorriso no rosto dele se alargou.

— Você me esperou, não é mesmo seu idiota?

— Na verdade, não. Eu me casei. – emitiu da forma mais séria que conseguiu. Seu interior todo ria nervoso.

Dean abriu os olhos surpreso. Franziu o cenho tentando ler as expressões no rosto de Cas.

— O quê? 

Oh, Ele era um bom ator.

— Devia ter visto sua cara.

Seu filho da mãe. – A expressão se harmonizou novamente em sua face. Cas voltou a afaga-lo, os dedos traçando suas bochechas, queixo e lábios. O polegar brincando com cada parte.

Ele não parecia real.

Dean não parecia real.

Mas ele era.

— Eu tenho que te tocar também – ele disse segurando o rosto de Castiel com a mão livre – Se eu não te sentir, babe. Eu vou pensar que morri e você é o meu céu...

— Isso é uma letra de uma musica?

— Não sei... – Cas beijou a testa dele calmamente escondendo uma lágrima que teimava em cair de seus olhos. Dean não reparou nela e Castiel não queria se separar mais dele. Ele não queria que o garoto visse o quão abalado ele estava.

— Eu não-não posso ficar longe de você de novo. Não suma de novo, Dean.

— Shhhh.... – ele rodeou a cintura de Cas com uma mão e envolveu seu corpo em um abraço ainda deitado naquela cama de hospital. Não importava que as queimaduras em seu corpo doessem, nada importava.

— Eu não quero. Eu não quero. Já Chega. Já chega... É o bastante.

Castiel estava se referindo a sua sorte.

Ao que aconteceu. Ao acidente.

Ao mundo.

Ele não queria aquilo. Dean não merecia passar por aquilo de novo. Eles ficaram apenas abraçados por um longo tempo, os dedos acariciando os cabelos. Era tão bom sentir o calor, Cas nem ligou dele estar cheirando a hospital ou a remédios.

Não importava. Logo ele ia para casa.

— Sabe de uma coisa?

— O quê? – os narizes dele se tocaram. As vozes quase não saiam de suas bocas.

You can be my cure (Destiel) || CORREÇÃOWhere stories live. Discover now