Cap. 16

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Nayomi

Vejo a silhueta dele desaparecendo por entre as árvores e o medo de que algo aconteça a ele toma proporções avassaladoras.

Não tem nada que eu possa estar fazendo agora. Ainda mais estando com essa droga de perna quebrada. O que me resta é esperar que ele volte intacto, mas fico tentada a sair daqui, mesmo ele dizendo para mim ficar.

Maldita hora em que prometi fazer o que ele pede. Sei que estarei só atrapalhando, mas meu corpo e mente não entendem isso. Quero a todo custo ajudá-lo.

Alguns minutos se passam e só aumenta minha preocupação. Ele está demorando muito.

Será que... Não, ele está bem.

Tento me levantar e justo na hora em que consigo fazer isso, um flash de luz aparece perto de mim. Parece ser um lanterna.

Abaixo rapidamente, fazendo o mínimo de barulho possível. Só que não adiantou muito, acho que me viram, mas não tenho a certeza disso.

Ouço passos e eles ficam cada vez mais perto. A luz fica totalmente onde estou, mas acho que não da de me ver.

- Você viu isso? - um voz masculina pergunta.

- Vi o que? - outro retruca.

- Algo se mexeu ali... - pelo visto são dois.

Fico imóvel e apreensiva. Se eles vieram até aqui não consiguirei correr.

- Deve ser só um animal.

- Talvez, mas temos que olhar, aquele doente vai pagar uma grana para nós se acharmos aqueles dois. - o outro concorda e eles vem em minha direção a passos lentos.

Meu coração bate disparado agora.

Já estava me preparando para correr quando um tiro é disparado ao longe, fazendo os dois pararem.

- O que foi isso?

- Aquele filho da mãe já deve ter os achado. Vem, não vamos deixar ele ficar com todo o dinheiro. - eles correm indo em direção ao som do tiro.

Fico imóvel até eles desaparecerem na noite. Suspiro aliviada e ao mesmo tempo preocupada. Será que o Azekel está bem? Esse disparo que foi feito não pode ser coisa boa.

Me levanto e tento chegar até o local de onde o som do disparo saiu. É muito difícil estando como estou e ainda a noite, onde quase não consigo enxergar o que estou pisando.

Vou me apoiando em algumas árvores e escuto vozes e em seguida mais disparos são feito.

Já estou desesperada para saber o que está acontecendo.

Vejo uma luz, ao longe por entre as árvores. Vou me aproximando e o que vejo não é nada bom. Azekel está parado e com as mãos ao alto, olhando para os dois caras de agora pouco, que apontam sua armas para ele, e há um outro homem que está no chão perto dele. Se está morto ou vivo é difícil saber.

Droga, o que faço? Preciso ajudá-lo.

- O que você fez com ele? - um dos caras pergunta com raiva.

- Eu? Nada. Ele só está desacordado. - o Azekel fala friamente. - Você não quer comprovar?

- Vai lá cara, eu te dou cobertura. - um deles fala.

- E porque eu tenho que ir? vai você ver. - o outro rebate.

- Porque eu tenho a melhor pontaria, se ele tentar fazer alguma coisa com você eu atiro nele. - o outro bufa e vai em direção ao Azekel. Ele não tira seu olhar de Azekel a cada passo que dá.

O Amor De Um PsicopataOnde as histórias ganham vida. Descobre agora