Cap. 6

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Nayomi

Eu realmente ainda não entendi o que esse homem quer comigo. Ele não dá sinal algum de que quer me matar, quer dizer, ele me ameaçou agora pouco mas foi só isso. E foi porque eu estava pedindo para isso, mas sei lá, ainda não entendi o motivo de tudo isso.

Qualquer outro assassino do tipo psicopata não deixaria nenhuma evidência do crime escapar, principalmente uma pessoa que que assistiu tudo, isso seria muita burrice. E mais burrice ainda mantê-la em cárcere privado. Talvez ele esteja só aguardando algo para me matar. Ou ele é um daqueles assassinos sádicos que gostam de fazer a vítima pensar que está tudo bem, só para depois torturá-la até a morte.

A morte daquele homem ainda não saiu da minha cabeça. Vamos concordar que apesar do olhar frio, ele não tem cara daqueles psicopatas que matam aleatoriamente ou que tem preferência por crianças e mulheres inocentes e indefesas. Mas por um outro lado, ele tem um olhar frio e calculista. A expressão mais comum em um psicopata.

Eu tenho que parar de assistir Bones, SCI, Bates Motel, American Horror Story e várias outras que me deixam ligada nesse assunto.

O que eu aprendi vendo todas essas séries é que, o mais certo a se fazer é tentar criar um diálogo com o sequestrador, e ir conversando aos poucos para tentar chegar a um acordo em que eu saia ilesa.

Ele tem cara de uma pessoa muito articulada, então terei que tomar cuidado com que vou falar. Talvez eu consiga me safar dessa, já assisti vários casos policiais em que a vítima consegue sobreviver apenas dialogando.

Mas na maioria das vezes acaba em morte.

Eu acho que essa é minha única chance, pois não tenho chance nenhuma contra ele...

Caraca, ele entrou e com uma cara bem séria. Tudo bem, demonstre confiança. Não deixe ele te intimidar. Olho para ele calma e com um sorriso, que me retribui estreitando os olhos e inclinando a cabeça desconfiado.

- Você está bem? - ele me pergunta em um tom não tão sério, mas não tão amigável. Ótimo, ele está dando brecha para conversar.

- Me sinto ótima. Apesar da perna quebrada. Eu ainda estou me acustamando a andar como um saci. - vejo que sua expressão carrancuda fica mais descontraída.

- Eu sei o que está tentando fazer. - merda, como assim ele sabe? - Não pense que só porque estou falando com você vai conseguir sua liberdade. A única culpada de tudo que está acontecendo com você, é você mesma.

- Então quer dizer que o fato de você me sequetrar sem nenhum motivo aparente é minha culpa? - não entendo essa sua lógica.

- É basicamente isso.

- Já que você está percebendo minha estratégia, vou mais objetiva com você. Porque você está me mantendo aqui? Não vejo motivos e nem algo que possa justificar isso.

- O fato de você já ter me olhado justifica muito bem. Não devia ter olhado no que não era da sua conta.

- Mas eu já disse que não direi nada.

-Isso é o que você diz. Você parece ser uma mulher muito inteligente. E já deu para perceber o que caras como eu podem fazer com mulheres tão frágeis e indefesas como você. - ele se aproxima, mas mesmo com seu olhar intimidador, não me deixo abalar. Dessa vez eu sinto mais confiança de que ele não vai fazer algo muito grave comigo, porque eu já dei vários motivos para isso e mesmo assim ele não o fez. A única coisa que ele faz são ameaças.

- Se você tá achando que vai me intimidar, está muito enganado. - vejo surpresa em seu olhar, mas logo depois ele volta com o seu olhar frio e calculista.

O Amor De Um PsicopataOnde as histórias ganham vida. Descobre agora