Cap. 3

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Azekel

Eu preciso descobrir mais sobre ela. Ela pode ter uma família que deve estar a procurando agora. Não sei por quanto tempo posso mantê-la aqui, mas de uma coisa eu sei, não teria nenhum pingo de coragem para matá-la. Isso já está definitivamente descartado. Mesmo que eu tente com todas as minhas forças fazer algum mal para ela, não vou conseguir. Não me pergunte o porque, eu apenas não consigo.

Subo as escadas e vou para o meu quarto ver como ela está. Abro a porta e só vejo a bandeja vazia na cama. Menos mau.

Ainda não sei o porque da minha preocupação com ela.

Vejo a porta do banheiro aberta e ando a passos silênciosos. Vejo ela em cima de uma cadeira na ponta dos pés, olhando pela pequena abertura no banheiro.

Com certeza querendo saber
aonde está.

- O que você está fazendo aí, Nayomi? - ela toma um susto e cai com tudo no chão.

Meu coração parou nessa hora.

Corro a até ela sem nem pensar duas vezes. Pego ela no colo, mas quando vou levantá-la, ela dá um grito de dor.

Vejo que lágrimas escorrem pelos seus olhos e me sinto um lixo por isso. Olho para seu rosto negro e vou descendo em busca do motivo de seu choro de dor. Olho todo o seu seu corpo, e quando chego nas pernas, gelo na hora. Sua perna direita está quebrada. Toco sua perna quebrada e ela da outro grito de dor.

A culpa me consome. Eu fui o culpado por isso ter acontecido. Ele chora compulsivamente.

Tento pegá-la no colo, mas ela me impedi.

- Não, por favor. Está doendo muito. Me deixa aqui. - acaricio seu rosto.

- Eu vou ter que te tirar daqui. Aguente firme. - pego ela delicadamente, tentando evitar ao máximo que ela sinta mais dor.

Coloco ela na cama lentamente.

Ela já tinha parado de chorar, mas seu rosto está com uma expressão de dor.

- Droga, está doendo muito. - ela se lamenta.

- Preciso deslocar o osso de volta para o lugar.

- Não, deixa assim, está doendo demais. O que eu fiz para merecer isso? - ela olha para o teto quando fala isso.

- Eu vou ter que colocar o osso no lugar. E isso foi para você aprender a não olhar onde não é chamada, e vale também pela noite de ontem. - ela não fala nada. E eu apoupo sua perna para saber onde foi a parte que quebrou. Ela geme de dor mas não grita. Morde seus lábios tentando conter os gritos.

Pego um pano para ela morder, porque com certeza a dor será alucinante.

Olho para ela, que respira muito rápido, suportando a dor. Seguro sua perna firme.

- Está pronta? - ela confirma com a cabeça, e olha para o teto do quarto.

Me concentro em sua perna que está inchada. E forço os ossos a se juntarem com força. Ela dá um grito abafado por causa do pano em sua boca, e chora de um modo compulsivo.

- Pronto acabou. Você ficará bem agora. Agora só falta enfaixar. - vou até a cozinha e pego um analgésico para ela. Depois pegos umas ataduras. Volto para o quarto e vejo ela com o antebraço em seu rosto.

- Tome isto, vai ajudar a amenizar a dor. - ela tenta ficar sentada, mas não consegue por conta da perna. Vou até ela e levanto sua cabeça lhe dando o comprimido e fazendo com que beba a água.

- Obrigada, eu acho.- sua voz sai meio chorosa.

- Agora preciso que fique bem quieta. Irei colocar ataduras em sua perna. - ela concorda com a cabeça. Ela geme quando toco sua perna. Vou enrolando lentamente a atadura. Olho para ela, que está com os olhos fechados se segurando para não gemer de dor. Termino em poucos minutos.

O Amor De Um PsicopataOnde as histórias ganham vida. Descobre agora