Leon e Lauren são totalmente o oposto um do outro, enquanto ele é calmo, intelectual, minucioso e simples, ela é agitada, vaidosa, espontânea e mimada. Apesar da diferença gritante entre eles, os dois continuam gêmeos e melhores amigos.
Lauren sempr...
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Depois de ver os fogos, Tracey e eu decidimos voltar para casa, precisava mais do que tudo colocar os pingos nos "is" com meu pai. Chegamos no instante em que Emilly estava de partida e decidi esperar ela ir para enfim acertar as coisas com o Sr. Cooper.
-Acho melhor você conversar com o seu pai amanhã, ele parece feliz - disse Tracey ao pé do meu ouvido.
-Eu também estava feliz antes de ele me tratar como vem tratando - digo olhando meu pai com frieza.
-Mas será que vale à pena começar outra briga? Ainda mais no natal? - perguntou Tracey e antes de sair em em direção ao meu pai disse:
-O que seria de tantos países se pensassem dessa forma e tivessem adiado as revoluções?
Respirei fundo e reuni todos os sentimentos que estava sentido nesse último mês. Ignorei todos ao redor até mesmo as conversas que outrem tentavam puxar comigo. Pisei duro no chão e parei de frente ao meu pai, o encarei com fúria e um grande nó se formou em minha garganta. Ele arqueou uma sombrancelha ao me ver.
-Que foi? Aconteceu alguma coisa? - perguntou meu pai intrigado.
-Só me explica qual foi a porcaria de motivo que você teve para não me contar que Anders está morto? - pergunto trincando os dentes enquanto o vejo adotar uma postura rígida. Reparei que o ambiente também mudou, o clima ao nosso redor se tornou tenso e todos pararam de conversar para prestarem atenção.
-Você contou à ela, Tracey? - perguntou meu pai e fiquei mais indignada.
-Como você pôde pedir isso a ele? Me privar do meu passado não vai fazer com que você apague ele da minha vida! - grito não conseguindo conter a fúria que cresce cada vez mais. - Você está sendo uma droga de pai nessas últimas semanas!
-JÁ CHEGA, LAUREN! EU EXIJO RESPEITO NA MINHA CASA! - berra meu pai, mas não me deixo abalar. Chega de bancar a sensível que não aguenta ouvir um berro do próprio pai.
-ÓTIMO! ENTÃO FICA COM A SUA PORCARIA DE CASA! - grito mais alto que ele e vejo minha mãe correndo até nós.
-O que está acontecendo? - perguntou ela assustada.
-O que está acontecendo é que vocês acabam de perder uma filha! - digo e dou as costas indo para o segundo andar.
Sinto tanta raiva que mal percebo as lágrimas que rolam pelo meu rosto, assim como mal percebo que Tracey vem atrás de mim.
-O que acha que vai fazer? - perguntou Tracey ao me ver pegar uma mala e socar minhas roupas dentro.
-O que já deveria ter feito quando soube que minha segurança e de León está comprometida nessa droga de casa! - digo vestindo um casaco grosso de pele sintética.
-Lauren, amor, vem cá - diz Tracey me desarmando completamente. Corro para os braços dele e o deixo me envolver em um abraço apertado. - Sair de casa não vai resolver os problemas.
