Sempre Vou Te Amar 》 Book Two

✿Capítulo 12✿

— Por que decidiu se casar com o Noah? — Ele não se deu o trabalho de me olhar.

   Já tínhamos conversado sobre isso antes, quer dizer, ele já tinha me perguntado isso antes, mas eu me esquivei da pergunta. É difícil até para mim saber porque aceitei a proposta do Noah, não só de se casar mais também em relação ao namoro. Todas as minhas amigas já estavam namorando e sempre que estávamos juntas elas falavam dos seus respectivos namorados e me perguntavam quando iria desencalhar. Eu não me sentia bem em falar sobre esse assunto, eu não tinha necessidade de arrumar alguém, eu estava bem do jeitinho que estava. Eu tinha o Noah que me fazia companhia, quando chegamos aos 16 anos alguma coisa havia mudado nele, eu não havia reparado até voltarmos a estudar, as garotas se atiravam nele e aquilo me deixava um pouco enfurecia, de um dia para o outro eu tinha que dividir meu melhor amigo com todas as assanhadas da escola.

   A primeira pessoa a notar que Noah gostava de mim foi a louca da Megan, eu pensava que era coisa da cabeça dela, mas comecei a prestar atenção que ele não dava muita importância as garotas que se jogava para ele como os outros garotos do time de futebol. Nosso primeiro beijo foi depois de uma briga no seu aniversário de 17 anos, a primavera acabara de começar, então ele sempre fazia seus aniversários no período da manhã pegando a tarde, ele já estava bem conhecido pelas garotas já que era um Bruins, eu não gostava muito de futebol americano, mas ia em todos os jogos. Mesmo nunca admitindo eu amava como as cores azul e amarelo ouro ficavam nele. Como sua festava estava lotada de jogadores e líderes de torcida ele acabou me deixando no canto, eu gostava quando era só nós, quando ele só tinha a mim como amiga.

  Eu era uma jovem impulsiva e teimosa, eu sempre guardava o que sentia para mim, eu não sabia se gostava mesmo do Noah ou só estava me sentindo incomodada com a falta de atenção que ele estava tendo e relação a mim. Não fiquei mais de 30 minutos naquela festa, eu estava cansada de ver todas aquelas garotas em cima dele. O que eu não esperava era que ele viesse atrás de mim, nossas casas não eram longe uma da outra e a rua estava quieta, eu escutava seus passos, não precisava olhar para trás para ver se era ele mesmo, eu sabia que era ele. Eu sempre dizia que ele tinha preguiça em anda porque ele sempre arrastava os pés ao chão fazendo com que a sandália fizesse um barulho irritante. Ele havia me seguido até meu quarto, eu não tinha me dado ao trabalho de fechar as portas e assim que ele fechou a porta de meu quarto e virei para ele. Ele usava sua camisa dos Bruins, durante toda a festa ele estava sem ela, com o peito e braços a mostra. Eu não me lembro como foi a discussão, contudo me lembro do que senti quando ele me beijou, eu me lembro dos detalhes pois foi meu primeiro beijo, me lembro dos gritos de minha mãe com ele assim que abriu a porta e nos pegou aos beijos.

   — Então... — a voz do moreno ao meu lado falhou. Demoro um tempo para me lembrar do que falávamos.

   Me pergunto o que aconteceu comigo e com Noah. Eu realmente gostava dele, mas algo mudou, mas não sei o que foi.

   — Por que pediu a Brenda em casamento? — Rebati com outra pergunta. Ele olhou para sua mão esquerda, a pele de seu dedo ainda estava um pouco mais branca onde a aliança costumava ficar.

   O ambiente ficou tenso e queria pular do carro para acabar com a pressão.

   — Eu não sei, eu gostava mesmo dele, contudo, minha mãe estragou a relação. Pelo mesmo acho que foi ela, ela me encheu com tanta coisa dizendo que tinha que me casar logo ou se não iria ficar como a tia Rita, eu não queria ficar sozinha para sempre e quando Noah me pediu em casamento eu aceitei, aceitei por medo, medo da solidão, medo de dizer não — ao terminar minhas palavras um peso saiu de minhas costas, como se isso tivesse me consumindo esse tempo todo. — Eu não queria magoa-lo em dizer não, eu sabia o quanto ele me amava, mas me sentia sufocada com a faculdade, com o casamento, com minha vida e com você...Você era o pior, sempre fugindo de todas as minhas perguntas, e respondendo elas evasivamente me deixando preocupada pôr dias, como naquela vez que me ligou e estava chorando, eu sabia que estava, mesmo você nunca admitindo. Depois de semanas você finalmente contou o que ela tinha feito e o quanto a odiava por isso — ele estacionou o carro e a ideia de caminhar pela Hyde Park já não é tão agradável.