✿Capítulo 7✿

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   Passamos toda a tarde andando, ele me mostrou um pouco da cidade onde vivo há oito meses e mal conheço. Existe um jardim botânico belíssimo perto de onde moro e não sabia. Passaria o dia todo no Fletcher Moss Park o sol estava incrível deixando tudo mais lindo, as gramas brilhavam e o som das águas correndo pelo rio era relaxante, queria ficar até anoitecer para vez as estrelas da pequena ponte onde estávamos, havia muitas crianças com seus pais, e, muitos casais de adolescentes caminhando e se divertindo pelo parque.

   Senti-me um pouco deslocada no meio daquela gente, cada um ali estava lá por um motivo, e com alguém especial em sua vida. Não estuo dizendo que o moreno não é especial para mim, mas me pergunto o quanto sou especial para ele. Sei que não devia está saindo com ele, porém, não consigo me afastar ou mesmo dizer um não para ele. Sei que ele está tentando se redimir por não ter ficado ao meu lado durante o meu coma, mas eu não quero que ele se sinta forçado em estar comigo.

   Gostaria de tê-lo em meus braços, tê-lo perto de mim, mas não como em um relacionamento, mas sim como um porto seguro, alguém que possa contar o que acontece comigo e faz tempo que não desabafo com alguém e esse alguém sempre foi ele, mas me diga como vou me desabafar para ele. Não quero que ele tenha pena de mim e queira se aproxima por conta do que contei, tenho que juntar minhas foças e me afastar pelo mesmo por enquanto meus sentimentos ainda estão fortes. Eu não posso continuar com esse amor platônico, isso não é saudável para mim, não posso passar mais uma noite pensando como seria tocar seus lábios mais uma vez e criar cenas que nunca irão acontecer, não posso imaginar um futuro onde não existe nem o presente. Quero esquecer todas as minhas fantasias e pensar nele só como amiga, eu preciso fazer isso. Na saída do Park ele acaba tropeçando em uma pedra e começou a xingá-la. Sei que ele notou que estava muito distante e fez isso para me fazer ri.

   — Então já decidiu qual vai ser? — Leon volta com a pipoca e os refrigerantes. Continuo olhando para os cartazes de filmes a procura de um em especial.

   — Eu não sei — bufo e ele ri.

   — Por que não vai no "Uni-duni-duni-te" — sugere e rio. — Que foi? Faço isso sempre — o encarro. Ele parece estar falando sério.

   — Está falando sério? — Questionei.

   — Sim! Porque não. — Balanço negativamente minha cabeça, mas não escondo meu sorriso — Ou pode ser "Mamãe mandou".

   — Vamos no uni-duni-duni-te — ele concorda e começo o jogo de criança.

   — Truque de mestre 2 — ele me dá um pequeno empurrão com seu ombro e o olho — Você já assistiu o primeiro?

   — Sim — ele olha para o cartaz do filme depois para mim.

   — Adoro Harry Potter — ele comenta. — Ele é um bom ator — ele aponta para o cartaz onde tem o Daniel. Tento segurar o riso, mas falho miseravelmente.

   — O nome dele é Daniel Radcliffe — ele rola os olhos. Eu sei que ele sabe o nome do ator, ele é fissurado em Harry Potter ou em qualquer coisa infantil. — Vamos logo antes que as pipocas fiquem frias — ele assente e caminhamos até a bilheteria, meu celular vibra dentro da bolsa algumas vezes enquanto estamos na fila.

   Quando chegamos à bilheteria peço duas entradas. Quando abro minha bolsa e pego a carteira Leon resmunga alguma coisa e tenta me dá o suporte onde estão os refrigerantes e a pipoca, nego e retiro a quantia e entrego a atendente que abre o sorriso e nos deseja um bom filme.

   — Você tem que para com isso — resmunga enquanto caminhamos até a sala 5.

   — E você tem que parar de ser tão teimoso. Você pagou tudo hoje, não vai matar se me deixar pagar dois míseros ingressos — entrego as duas entradas ao lanterninha.

Sempre Vou Te Amar 》 Book TwoWhere stories live. Discover now