It's real?

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   A jovem loira caminhava sozinha pelas ruas desertas, já passava das três da manhã, ela seguiu o caminho até o grande prédio espelhado, ela os viu juntos, ela estragou tudo saindo com ela aquela noite. Ela foi pela escada de incêndio do prédio, ela não queria ser vista, eles podiam estar aqui, mas ela não tinha certeza.

   Ela os viu sentados em frente a porta do apartamento da morena, ela estava com sua cabeça apoiada no peito do moreno enquanto seus braços rodeavam seu pequeno corpo. A loira não acreditava no que estava vendo, ela que deveria estar nos braços do moreno, não a falsa ruiva. Ele cantarolou para ela e ela sorriu escutando cada palavra cantada que saia de sua boca.

   A jovem loira queria aparecer e estragar tudo, ele nunca havia catado para ela, ele nunca tinha abraçado a daquele jeito. Ele sempre foi bruto, e nada gentil e ela queria isso, ela queria ser ela, ela queria ter o amor dele.

   — Podemos ir para minha casa — disse ele acariciando os cabelos da morena que estava com os olhos fechados. — Não podemos passar a noite inteira esperando Jolie voltar — completou.

   — Você pode ir, vou ficar bem. — Disse a morena. Sua voz estava embriagada, ela nem ousou se afastar do moreno.

   Pela primeira vez em muito tempo a morena se sentia segura, ela não queria largar o moreno, não agora. Ela havia sonhado com esse momento de várias formas possíveis. Tinha uma pequena possibilidade dela não se lembra do que aconteceu, mas ela queria está o máximo de tempo aos braços do moreno.

   — Vou levá-la para casa e amanhã pegamos nossos carros — ele tentou se levantar, mas ela não permitiu.

   — Já estou em casa — ela riu.

   — Não deveria ter deixado você beber tanto — resmungou ele. Com alguma dificuldade conseguiu levantar, a morena tinha seus braços em sua cintura. A bolsa da morena caiu ao chão quando eles entraram no elevador, ela tentou pegar e acabou caindo ao chão fazendo o moreno gargalhar.

   — Você pode me deixar com o Hardin — disse apertado o botão do decimo sexto andar.

   — Quem é Hardin? — A voz do moreno ficou carregada e ele apertou o botão para parar o elevador.

   — Um amigo da faculdade — ela deu um sorriso embriagado.

   — Você vai para minha casa, não vou deixar você bêbada na casa de um homem — ela riu e se apoiou.

   — Você é uma garota? — Ela guinchou e ele rolou os olhos.

   O moreno apertou o botão para a garagem, enquanto o elevador descia ele mandou uma mensagem para o taxista que os deixou aqui. Não demorou muito para o taxista chegar, a morena acabou adormecendo durante todo o trajeto, o moreno não quis acorda a jovem ao seu lado quando o taxista estacionou em frente ao seu prédio, ele simplesmente pagou a conta e saiu do carro dando a volta e abrindo a porta e retirando a morena do mesmo. Ele não teve dificuldade em levá-la até o sexto andar, ele escorou a morena na parede e a segurou só com uma das mãos enquanto a outra pegava a chave e abria a porta do apartamento. A bolsa da morena acabou caindo ao chão e ele não conseguia se abaixar para pegar então ele chutou levemente a bolsa para dentro da casa, ele fechou a porta com o pé e caminhou até a pequena escada de seu apartamento.

   A porta do quarto já estava aberta e foi rápido coloca-la na cama. Ele parou por um instante, para ele o tempo havia parado, ele não pensava em nada, sua mente estava vazia e seus olhos estava posto na morena a sua frente. Ela abriu seus olhos quando sentiu seu toque quente, a jovem morena estava desorientada, ela não entendia o que estava acontecendo, ela estava confusa. O moreno sorriu e ela retribuiu. Os olhos da morena estavam brilhantes e confusos, as pupilas estavam dilatadas.

   Ela suspirou.

   As mentes de ambos estavam vazias, eles não pensavam o quanto estavam próximos um do outro, cada segundo que se passava a distância de seus rostos diminuía. Os lábios de ambos colidiram, mas seus lábios permaneceram parados com a pressão que ambos estavam lidando com o beijo.

   Uma onda de alegria, despreocupação, otimismo e bem-estar físico tomou conta de ambos. Para ela a sensação era única, mas também repetitiva, ela não precisava de limites com ele, porque já havia passado por todos, mas não na vida real. A morena não estava num de seus melhores estados, a bebida acabou deixando a mais confusa do que já estava.

   A mão do moreno escorreu pela perna direita parando bem em sua coxa, já a morena se arrastou pela cama deixando seu corpo bem ao meio. A boca do moreno se ocupou com seu pescoço deixando beijos e chupões no mesmo, a garota segurou seu rosto. Para ele a sensação de tela pela primeira vez queimava seu corpo, ele não conseguia se controlar, ele a queria e a desejava. A morena juntou seus lábios mais uma vez, suas pernas laçaram o corpo do moreno. Ela havia perdido o controle de seu corpo, ela só queria mais dessa sensação única.

   — Sou virgem — sussurrou ela quando as mãos do moreno deslizaram na lateral do seu corpo indo no encontro ao fecho do vestido.

   Suas palavras fizeram o moreno parar, seus olhos encontraram com os dela. Seus olhos estavam vermelhos e sua respiração estava fraca. O moreno já suspeitava que ela não amava tanto assim seu ex, mas pensava que como ele, ela também havia se entregado ao seu ex. O toque frio da garota no rosto do rapaz fez ele despertar de seus pensamentos.

   — Eu te amo — alegou ela. Ela sorrir e seus olhos brilham, ela estava confusa, ela não tinha ideia das palavras que saia de sua boca. Mas ela sentiu a necessidade de dizer.

   — Acho que você bebeu demais — o moreno tentou se levantar, mas ela não permitiu.

   — Você não me ama mais. Lê? — Ela acariciou o rosto do moreno fazendo todo seu corpo estremece.

   Ele estava mais confuso que ela, ele havia escondido por muito tempo os seus sentimentos por essa garota, ele havia tentado se afastar, mas sempre o destino juntava os dois e cada vez que ele a via os sentimentos que ele escondeu se aflorava, ele tinha medo dos seus sentimentos, ele tinha medo do que poderia acontecer. A morena continuou acariciando o seu rosto e ele sorriu para ela.

   — Sempre vou te amar — as palavras fluíram de sua boca. Ela sorriu, um sorriso doce e embriagado, seus olhos deram uma volta por todo quarto antes de voltar a olhá-lo, mas dessa vez seus olhos estavam confusos.

   — Você é real? — Ela franze o cenho. Ela parecia distante quando levou suas mãos mais uma vez ao rosto do moreno e apertou suas bochechas, mas ele sorriu com seu gesto, ele não percebeu o quanto a garota estava confusa.

   — Acho que sou — respondo ele. A morena a sua frente negou, ela fechou os olhos e quando voltou a abri-los eles estavam vermelhos e brilhantes por conta de suas lagrimas.

   — Nunca é real — ela suspira antes de apagar.


Sempre Vou Te Amar 》 Book TwoWhere stories live. Discover now