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my little sister is not a teen anymore. Happy 20th bday @martash.santos
♥ martash.santos, afonsovsilva, andrevsilva10 e 1.837 outras pessoas
Era a festa de anos da Marta.
A rapariga estava bastante animada, para além da quantidade de sangria que bebeu durante o jantar, assim que chegou ao bar, pediu logo um dos famosos cocktails do Duarte.
Há medida que os convidados chegavam, cumprimentavam Marta e faziam o típico comentário sobre ter voltado. Uns entregavam-lhe uma lembrança, enquanto outros se ofereciam para pagar um shot ou um outro tipo de bebida, deixando Marta ainda mais feliz. A rapariga deixava os presentes a um canto, pois tencionava abrir todos juntos e não com a confusão das pessoas, dos pedidos no bar e da música alta.
- Parabéns! - Uma voz familiar fez-se ouvir. Tanto eu como Marta olhamos para trás. - Temos uma lembrança para ti. - Afonso entregou-lhe um saco médio, parecia ter uma caixa.
- Obrigada!
- Boa noite e parabéns miúda. - O André deu-lhe um beijo no rosto, olhando para mim. - Olá.
- Olá, boa noite.
Forçamos sorrisos.
Mesmo com a conversa que tivemos, não éramos pessoas próximas. Não havia mau ambiente ou tensão, mas também não estávamos propriamente melhores amigos. Nem íamos voltar a ser tão bons amigos quanto antes, pelo menos, continuava a pensar dessa maneira, devido à mágoa que sentia. Que ambos sentíamos.
- Vou deixar o saco junto das outras prendas e abro tudo mais logo! - Marta assim o fez. - E vamos todos beber um shot!
Falou mais alto, captando algumas atenções. Duarte começou a preparar os shots, visto que eram mais de quinze. O André recusou, devido ao jogo que se aproximava, mas acabou por levar com Afonso e com os primos que entretanto chegaram, o que o levou a aceitar. Era apenas um, não iria passar mal ou prejudicar os sua treinos/jogos.
O facto de ter mencionado os jogos, só me relembrou do passado. Ainda com todas as provocações, fui capaz de lhe dar os parabéns, sabendo que trabalhou bastante para chegar à equipa principal. Não podia julga-lo por se sentir tão feliz, apenas por ter mudado a pessoa fantástica e racional que costumava ser.
Os minutos passavam, as musicas mudavam, os copos ficavam vazios, assim como as garrafas de cerveja. Já me sentia um pouco animada, o que me levou a parar de beber.
Ao reparar nisso, Duarte abandonou o balcão e sentou-se perto de mim.
- Vejo que aprendeste os teus limites.
- Algum dia tinha que ser! - Brinquei e ele sorriu. - Lisboa tornou-me numa pessoa mais responsável. Então e tu? Nada de novo? Namoradas?
- Não tenho tempo para namoradas, agora que estou em dois trabalhos ao mesmo tempo.
Duarte continuava a falar-me das recentes noticias, dos dois trabalhos. Até que, me fez as mesmas questões e mencionou o André. Comentou que não fiz melhor escolha senão deixá-lo, devido há quantidade de raparigas que levou ao bar depois de mim.
O seu comentário, levou-me a procurar o moreno no meio das pessoas. Segurava uma cerveja, encarava-me com tanta atenção, que me levou arquear a sobrancelha.
O André fez exatamente o mesmo, balançando a cabeça. Parecia não aprovar a minha conversa com Duarte ou apenas o facto de conversarmos muito próximos, devido ao som da música.
Como sentia o olhar do André em mim e continuava a pensar no que Duarte me havia dito, decidi realmente provoca-lo. Porque não o fazer? Porque não vingar-me do que me fez sentir?
Falava com Duarte bastante perto do rosto dele e era quando não lhe falava ao ouvido. O rapaz brincava com as pontas dos meus cabelos, repetindo o mesmo gesto que eu. A música estava alta, mas não ao ponto de falarmos ao ouvido um do outro. Podia transmitir a imagem errada para todas as pessoas no espaço, apesar de só ter um alvo a abater.
Ouvi uma cadeira a cair, o que me fez afastar num sobressalto. Reparei que Afonso e Filipe tentavam impedir André de sair da mesa, enquanto este parecia bastante zangado. Até que deu um empurrão nos dois, deixando o bar.
O Afonso olhou para mim, chamando-me com o dedo. Desculpei-me ao Duarte, caminhando até ao mesmo.
- Espero que estejas contente, se calhar estavas melhor em Lisboa.
