Quem Foi Que Disse? (Standby)

Capítulo Dezesseis

Ela também sabe que não há mulher no mundo mais apta do que Carol. E estou indo contra ela pra provar o mesmo ponto. Emma acabou dormindo comigo, e por mais "medo" que eu tenha do pai dela, eu sei que no fim ele só esta querendo protege-la. E isso é tudo que eu posso garantir a ele, ela será a coisa mais protegida de todo esse mundo.

Ela é o meu mundo. Clichê? Sim. Mas é isso que eu sinto. Emma traz uma luminosidade para minha vida que a muito eu não tinha. Quando tudo estava um caos ela trouxe a paz. Claro que invertemos os polos, e quando a vida dela era calmaria eu levei o caos. Mas não são os opostos que se atraem?

E ela é o oposto dela mesma. Ao mesmo tempo em que ela é mocinha recatada e calma, ela é a mulher fogo puro cheia de manias e ideias. Quando dizem encontre uma mulher que seja uma dama na rua, e uma vadia na cama, felizmente eu só consigo pensar nela. E não de um modo pejorativo, jamais. Ela é dona de si, não tem pudor de nada e faz tudo que quer. Mas morre de medo dos pais, e é intimidada pela mãe. Dá pra entender o quão oposto dela mesma ela é? É como se fossem duas pessoas em uma só.

Uma vez zapeando na internet, encontrei uma frase de um autor desconhecido que faz sentido "Amar é muito mais que querer apenas um. É encontrar infinitos em um só." E é assim que me sinto. Encontro tudo que procurava nela, ela me completa de todos os jeitos, e hoje já não sei mais onde começa e termina esse amor.

Depois de ter ela e seus cabelos negros espalhados pela minha cama, onde passei noites a fio sonhando com isso, levei ela em casa, porém ela não me deixou subir. Nos beijamos na portaria, e ela subiu.

Agora estou aqui indeciso se utilizo um terno preto ou grafite para o jantar com vovó. Até parece que é um jantar de gala importante com alguma autoridade politica de algum país. Mas nesses jantares as coisas parecem mais fáceis, já que geralmente minha roupa está separada.

Decido ligar para Carol e pedir ajuda. No primeiro toque ela atende.

- Algum problema cunhadinho? – sua voz é divertida, mas tem um toque de preocupação.

- Sim! – respiro me sentando na cama. – Terno grafite com camisa preta e gravata preta, ou terno preto camisa branca e gravata vermelho?

- Vai jantar com sua avó?! – ela ri. – Nervoso para apresentar a família do sogro?

- Tem como me ajudar ao invés de ficar pegando no meu pé?

- Vai mais informal. Coloca o terno grafite com uma camisa sem gravata. E fica tranquilo é a sua avó e não a Rainha da Inglaterra. – ela ri da própria piada.

- Você dormiu com um palhaço? – digo rindo. – A esqueci você é casada com o Guilherme.

- Hey, me respeite moleque. – ela ralha comigo, mas ri na sequencia. – Você sabe que tudo vai dar certo né? A família de Emma é maravilhosa, sua avó vai ficar encantada com sua sogra.

- Bem pelo contrário. Ela já me falou que estou enfiando em covil de lobos. Que minha sogra vai começar publicar coisas da nossa vida nos jornais e que vai crescer a nossa custa, como toda imprensa inglesa.

- E você ainda caí nas provocações da sua avó? Porra Henrique eu esperava mais de você. Ela faz isso pra ver o quanto esse amor é verdadeiro, e se realmente compensa enfrentar tudo por ele. A partir do momento que você dizer que ama Emma, e que se for necessário abre mão do trono ela marca o casamento.

- Eu não estou na linha de sucessão.

- Foi modo de dizer, você entendeu.