Desabafos e a ideia brilhante

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-Claro! Achas que fui eu que te tentei tirar o diário não foi?-perguntei eu um pouco desanimado, mas feliz por estar a falar com ela.

-Achas que sim? Eu sei muito bem do que o Félix é capaz. Já o conheço bem.- lembrei-me de que só a minha personalidade de Chat noir é que sabia da história, por isso, tinha de me fazer desentendido.

-Ai já? Ele só entrou à pouco tempo para o colégio.-disse eu fingindo confusão na minha cabeça.

-Eu já o conhecia antes dele ir para essa escola do outro lado do país. Talvez um dia eu te conte a história. Mas agora, eu tenho mesmo de te dizer uma coisa.-o tom de voz dela começou a ficar mais sério, o que não me agradou lá muito.

-Estás a deixar-me preocupado, o que foi?

-Eu estive a pensar muito no que tem acontecido nos últimos tempos. A nossa discussão, o Félix, o Nath, as sessões de fotos, o teu pai, a tentativa de me assassinarem, e a Chloe. Isto é muita coisa para aguentar, mas tenho de conseguir. Voltando ao assunto, acredito que tenhas sido sincero ao pedir-me aquelas vezes todas desculpa, e também não fui lá muito correta. Quero pedir-te desculpas pela maneira como te tratei, e quero que saibas que se tu quiseres perdoar-me podemos voltar a ser amigos.-fiquei a olhar para ela, ainda chocado com as suas palavras.-Então? Não vais dizer nada?

Eu não sei o que me deu, mas agarrei-a e dei-lhe o maior abraço da minha vida.

-É claro que te perdoo Mari. Apesar de não teres feito nada de mal. Eu é que fui o parvalhão, e estava mesmo muito zangado de o meu pai não me deixar ir ao passeio. Aquilo que eu disse foi tudo pura raiva. Foi tudo mentira.

Ao contrário do que eu esperava, ela retribui o abraço e encaixou a cabeça no meu ombro.

-É claro que fiz. Eu estive a ignorar-te e até te dei um tapa. Chamei-te variados nomes e disse coisas que não devia. Eu não sou assim, mas estava dominada pela raiva. Estou mesmo arrependida.

-Eu também estou muito arrependido. Perdoas-me pelo que eu te disse?

-Sim. E podemos voltar a ser como eramos antes? E desta vez sem discussões e gaguejos?- eu por acaso queria que os gaguejos voltassem, pois isso queria dizer que ela gostava de mim, mas se a única maneira de me voltar a aproximar dela é esta, então que se lixem os gaguejos.

-Sem sobra de dúvida que sim!- saímos do abraço, que me estava a saber melhor do que nunca.

- E então... queres ser o meu par na viagem até Barcelona?- eu queria mesmo muito aceitar, mas como iria convencer o meu pai, depois daquilo de que o tinha acusado? ( para quem não sabe, as acusações estão no primeiro capítulo.)

-Eu não sei Mari... O meu pai não me quer deixar ir. Ele diz que é muito perigoso.-disse eu desanimado.

-Talvez eu possa arranjar uma solução.-disse ela pondo a mão no queixo e começando a pensar. Parecia mesmo a Ladybug quando está a pensar em algo para derrotar os Akumas.-Já sei!

-Tiveste alguma ideia que possas partilhar comigo?-perguntei eu curioso.

-Poder partilhar até podia, mas prefiro que seja uma surpresa. Para te recompensar pelo que fiz.- só a Mari para me eixar curioso desta maneira.

-Eu não custumo entrar muito nestas coisas de recompensas e de surpresas, mas desta vez aceito.- disse eu já mais confiante a falar com ela.

-Mas alguém disse que era preciso tu aceitares?- disse ela entrando na brincadeira.

Quando eu ia responder, o meu pai entrou pelo quarto adentro com uma expressão séria no rosto. Quase de certeza que o Félix me conseguiu culpar.

Reviravoltas amorosasWo Geschichten leben. Entdecke jetzt