27 - Isso não é um espelho

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- O que você quer dizer? - ele perguntou desorientado.

- É irritante conversar com você. Imagina viver dentro de você. - ela ofereceu seu melhor sorriso.

- Ha-Ha-Ha! - riu provocante, - Você acha que estou satisfeito em ter um corpo de uma mulher virgem? Isso é deprimente!

- Cale a boca. - ela gritou alto.

Maxon se aproximou dela, encarando-a, esquecendo-se de que agora sua altura de um metro e cinquenta e seis não seria tão ameaçador quanto a dela.

Ela riu dele, quando viu seus olhos desviarem encabulado.

- Você tem razão. Estar no seu corpo tem muitas vantagens. - ela falou por fim, - Posso contar para todos que sou gay, e que tenho um caso assumido por aí. - sorriu, ameaçando-o.

- Você não ousaria. - ele ladrou, assustado.

- Então pare de tentar me humilhar por ser virgem. - ela riu, cínica, - Se você não percebeu quem é a tal virgem é você. Não eu, porque eu sou Maxon Schreave. - zombou-o.

Maxon encarou os seus novos pés, e sorriu por constatar as unhas tão bem feitas de vermelho.

America o encarou, preocupada, pela risadinha baixa que ele dava.

Ele vai surtar?

Oh meu Deus, no meu corpo não.

- Maxon? Que foi? - ela perguntou, mas ele estava perdido no seu próprio mundo.

Ela se aproximou dele com cautela, e encarou seus olhos.

Eu preciso fazer uma hidratação de pele quando eu voltar ao normal, minha pele está acabada pela cerveja.

Ela sorriu, mediante a ideia absurda em que pensava, enquanto a situação atual era alarmante demais.

Foi quando America voltou a realidade, ela viu quando Maxon a encarava com uma expressão fechada, perdido.

- Estou aqui... Maxon. - ela sorriu, tímida.

- Também estou America... - ele suspirou.

- Precisamos descobrir como as coisas ficaram assim. - sussurrou, Ames, tentando ser razoável, piscava muito.

- Ames... não chore. - Maxon disse, ela levantou os olhos, prestes a negar.

- Eu não... - gaguejou, com a voz trêmula, Maxon não pensou duas vezes, envolveu seu próprio corpo, num abraço.

- Nós iremos encontrar uma solução. - ele sussurrava ao seu ouvido, tranquilizando-a.

Quando de repente a porta de sua suíte, havia sido aberta por sua mulher, profundamente irritada.

- O que vocês dois pensam que estão fazendo? - ela gritou, enlouquecida, entrando no quarto como um furacão.

- Celeste... - começou Maxon, mas teve que parar no mesmo instante em que percebia a burrada que estava prestes a cometer.

- Calada! - Celeste apontou o dedo para America/Maxon.

America se afastou de Maxon, desconfortável, por ter seu corpo ordenado por essa mulher.

Trincou os dentes para nao dizer uma bobagem. Foi quando ela sentiu as mãos dela, segurarem seu pulso, arrastando-a.

- Maxon meu amor... Eu estive tão preocupada. - ela falava melosamente.

Se Um Dia Eu Fosse O MaxonWhere stories live. Discover now