- Pode deixar. – eu assenti. – Até breve.
- Até segunda! – ele acenou e saiu em direção a um corredor claro e frio.
Voltei para o setor administrativo e deixei meus documentos com a secretária dele que se chamava Lyah, e era bem querida. Claro que ela estava rindo um pouco demais, e eu sabia que se desse abertura ela falaria sobre algo que eu não iria gostar, então apressei-me em deixar os documentos e sair de lá.
Andando pelos corredores indo em sentido a recepção eu passei pelo salão de reunião, onde tive a um mês atrás com Henrique. E eu jamais imaginei que eu estaria em toda essa situação hoje, e que a partir daquele dia as coisas dariam uma quinada do jeito que deram.
Analisando, de uma maneira mais fria e sincera, hoje eu sei que desde aquele dia eu já sentia algo pelo Henrique. A maneira como ele me olhava, as coisas que ele falava, tudo mexia comigo. E hoje, sentindo tudo que sinto por ele, e na intensidade que sinto e como ele me faz sentir eu jamais trocaria as coisas. Talvez uma ou duas, por eu ser meio cabeça dura e burra. Mas quem sabe não era isso que faz ele ficar ainda mais insistente em mim?
Jeffrey estava me esperando no estacionamento do hospital com um carro que não pertencia a frota real. Ele que era um senhor baixinho e gordinho e assim que me viu, abriu um sorriso e acenou.
- Srta. Laham! – ele disse abrindo a porta traseira pra mim.
- Olá Jeffrey! Me chame de Emma você sabe que odeio essa formalidade. – disse entrando e me aconchegando enquanto ele fechava a porta.
- Agora você é namorada do Príncipe, não posso me exceder. – ele disse sorrindo.
- E como você está? E as crianças? – disse desconversando.
- Estou bem, estamos todos sentindo um pouco sua falta, mas vamos nos acostumar. A nova babá não é muito boa com as crianças. John está deixando ela de cabelos em pé. – ele disse rindo um pouco rouco.
- Imagino! – falei sentindo meu coração se apertar de saudade. – Eles estão por casa hoje?
- Estão sim! Príncipe Guilherme foi para uma reunião com a Rainha, e a Duquesa ficou em casa com as crianças. Ouvi burburinhos que ele vai assumir o trono no aniversário da Rainha.
- Será? – perguntei um pouco surpresa. – Tomara! Ele merece.
Fomos conversando sobre amenidades até chegamos ao Palácio, ele estacionou o carro na garagem, e abriu a porta para mim. Antes que eu pudesse descer do carro Henrique já estava em pé ao lado de Jeffrey. Lindo, como sempre, em uma calça de moletom e uma camiseta de manga longa, ele fez meu coração parar de bater e meu intimo esquentar.
- Oi meu amor! – ele disse rouco e com o olhar conectado no meu. Cada vez que ele me chamava de amor algo em mim novo acendia, e alguma coisa nova se apaixonava ainda mais por ele.
- Oi lindo! – disse aceitando a mão que ele estendeu e saindo do carro.
- Como foi a entrevista? – de manhã eu havia avisado a ele por mensagem que iria fazer a entrevista.
- Foi bem! Começo na segunda-feira.
- Ótimo! Parabéns! – ele disse me enlaçando pela cintura e me puxando contra seu corpo e colando sua boca na minha.
- Obrigada! As crianças estão em casa? – sorri enquanto colocava meus braços ao redor de sua cintura.
- Estão sim! Quer ir ver elas?
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Quem Foi Que Disse? (Standby)
RomanceEla, psicologa, vinte e três anos, e trabalha como babá para Família Real Alberton. Babá a três anos, dos pequenos John e Carlota, leva uma vida normal sem grandes aventuras, e coisas que façam seu coração palpitar e as borboletas voarem em seu esto...
Capítulo Treze - Segunda Parte
Começar do início